24 de julho de 2011

2009.

Daniela Picoral

CONSUMO CONSCIENTE

Carne bovina será certificada

No primeiro dia de trabalho da COP-15, o Ministério do Meio Ambiente e a Associação Brasileira de Supermercados lançam o projeto de Certificação de Produção Responsável na Cadeia Bovina, que irá identificar os diferenciais de sustentabilidade do produto

  
Depois da polêmica denúncia do Greenpeace sobre a
comercialização de carne bovina originária de fazendas
envolvidas com o desmatamento ilegal, concretizada no relatório
“A farra do boi na Amazônia”, em meados deste ano, houve muita discussão
e, finalmente, uma resposta concreta. Ontem, 7, o
MMA - Ministério do Meio Ambiente e a Abras - 
Associação Brasileira de Supermercados assinaram
acordo que se propõe a garantir a legalidade da carne que
chega ao consumidor.

Supermercados e frigoríficos podem solicitar certificação
no site da Abras que irá qualificar organismos de certificação
independente para avaliar ações de proteção ao meio ambiente,
 respeito ao consumidor e respeito às questões sociais, trabalhistas e de saúde.
O processo será feito por organizações pré-selecionadas pela Associação.
O certificado será estampado na embalagem da carne para facilitar a identificação pelos consumidores.

Já são signatários do programa, cerca de 20 supermercados
como Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart, e oito frigoríficos,
entre eles JBS e Bertin. A Abras tem cerca de 70 mil empresas associadas.

Para o ministro Carlos Minc, que assinou o projeto de Certificação 
de Produção Responsável na Cadeia Bovina juntamente com o
presidente da Abras, Sussumu Honda, ao certificar o elo da produção,
trata-se de uma iniciativa em que todos ganham, visto que o consumidor
terá informações para optar por produtos que não sejam provenientes de
áreas degradadas e, ele acredita que, em pouco tempo, os pecuaristas
que não se adequarem a essa exigência de mercado vão se adaptar.

Essa não é a primeira parceria entre Abras e MMA.
Também neste ano, a Associação participou da campanha
“Saco é um saco” em que os consumidores foram estimulados
a utilizar sacolas retornáveis em substituição às sacolas
plásticas que contaminam o meio ambiente e matam
cerca de um milhão de animais por ano.

*Greenpeace
*Abras

Leia também:
As boas notícias de Carlos Minc

Greenpeace denuncia “a farra do boi”
Saco é um saco 


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