31 de março de 2012

eu participo. pelo símbolo do gesto.



pra ver o filme desse ano da hora do planeta, clica na imagem acima. no ano passado, fiz um post sobre como eu vejo essa noite no escuro. acho que continuo pensando a mesma coisa. 


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30 de março de 2012

dica ecologicamente correta esquisitinha.



"Em vez de ligar o chuveiro enquanto estiver fazendo o número 2 perto de sua namorada (ou de seu namorado), ligue o Fake Shower. Ele disfarça do mesmo jeito aqueles ruídos desagradáveis, mas sem desperdiçar água. Afinal, o amor é cego. Mas não é surdo. Suas necessidades fisiológicas nunca foram tão ecologicamente corretas. Em breve na AppStore." 
do instituto  akatu

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cresce faturamento dos 20 maiores supermercados.

A RECEITA BRUTA DESSE GRUPO DE EMPRESAS ATINGIU R$ 139,789 BILHÕES EM 2011
época negócios - 29/03/2012 { agência estado }



Supermercado Consumo Cesta básica Varejo (Foto: Shutterstock)
















O faturamento das 20 maiores empresa do setor supermercadista brasileiro cresceu 20,7% em 2011 ante o ano anterior. Segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) em parceria com a Nielsen, a receita bruta desse grupo de empresas atingiu R$ 139,789 bilhões.
De forma consolidada, os supermercados faturaram em 2011 R$ 224,3 bilhões no ano passado, o que representa uma alta de 11,3% em relação a 2010, em termos nominais. O Grupo Pão de Açúcar manteve-se na liderança do ranking, com um faturamento bruto de R$ 52,680 bilhões em 2011, um crescimento de 45,8% sobre 2010. Na segunda colocação aparece o Carrefour com um faturamento bruto de R$ 28,766 bilhões, uma queda de 0,8% sobre o ano anterior.
O Walmart, na terceira posição, teve faturamento de R$ 23,468 bilhões em 2011, ou alta de 5,1% sobre 2010. Na sequência aparece o grupo Cencosud com R$ 6,236 bilhões, 78,1% acima do ano anterior, e na quinta colocação, o Zaffari, com R$ 2,910 bilhões, alta de 16,9% na mesma comparação.

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29 de março de 2012

#agendaSUS 29 mar. anvisa divulga nova rotulagem para medicamentos.



Os remédios distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) vão receber uma nova identidade visual.O presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, explica quais as principais mudanças e quando elas entrarão em vigor.





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C ou não C?


dica da página sociologia da depressão
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fósseis do antropoceno.

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aquecimento global: notícias "quentes".

Summary for Policymakers of the IPCC  - Special Report on Extreme Events (SREX) - IPPC english mp3
[vídeo - clique na imagem]

 O planeta deve se preparar para enfrentar mais calor, secas mais fortes e, em algumas regiões, chuvas mais violentas devido ao aquecimento, alertaram especialistas climáticos. 
Por Anthony Lucas,
da AFP Ecodebate

.A “mensagem principal” do relatório Special Report on Managing the Risks of Extreme Events and Disasters to Advance Climate Change Adaptation publicado nesta quarta-feira pelo Painel Intergovernamenal de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), colegiado de cientistas sob o guarda-chuva da ONU, é que “sabemos o suficiente para tomar as decisões adequadas sobre a forma de enfrentar os riscos de catástrofes vinculadas ao clima”, afirmou Chris Field, um dos encarregados deste grupo.
O documento de 592 páginas, cujas principais conclusões já foram publicadas em novembro, é a síntese mais completa até agora para explorar melhor os vínculos que podem existir entre a elevação da temperatura global vinculada às emissões de gases causadores de efeito estufa e eventos meteorológicos como furacões, secas, ondas de calor e inundações.
Segundo o IPCC, “há sinais que mostram que as mudanças climáticas provocaram modificações” em certos episódios extremos há 50 anos e os modelos digitais preveem uma intensificação nas próximas décadas.
No futuro é provável que a duração e o número de ondas de calor aumentem “em muitas regiões do mundo”, segundo os cientistas.
Eles também preveem uma frequência maior dos episódios de fortes chuvas, em particular nas altas latitudes e nas regiões tropicais.
As secas também serão mais prolongadas e intensas em determinadas regiões, sobretudo no sul da Europa e nos países mediterrâneos, mas também no centro da América do Norte.
“Em quase todas as partes existe um risco, tanto nas regiões desenvolvidas como naquelas em vias de desenvolvimento, nas áreas onde há um problema de exces45so de água, assim como onde existe um problema de insuficiência”, disse Field durante uma teleconferência.
No entanto, “o relatório distingue regiões particularmente vulneráveis”, acrescentou, citando as grandes cidades dos países em vias de desenvolvimento, as zonas costeiras e os pequenos Estados insulares.
O relatório se refere ainda à vulnerabilidade da cidade de Mumbai, onde algumas áreas poderiam se tornar “inabitáveis”.
“O mundo deverá se adaptar e reduzir (suas emissões de gases de efeito estufa) se quisermos enfrentar as mudanças climáticas”, lembrou o indiano Rajendra Pachauri, presidente do IPCC.
Este relatório específico, que se baseia em mais de mil estudos já publicados, contribuirá para o próximo grande informe do painel intergovernamental, aguardado para 2013-2014 (o último data de 2007).
A revista Nature Climate Change publicou na segunda-feira passada um estudo de dois pesquisadores do Instituto Postdam, que também estabelece vínculos entre o aquecimento global e alguns episódios meteorológicos extremos durante a última década.

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'huelga de consumo' na espanha.

hoje, 29 de março, é dia de 'huelga' [greve] na espanha [ 29M ].
o chamado da mobilização nacional é 'huelga de consumo', nome do coletivo que organizou as manifestações. a mensagem principal é: "não comprem nada". de acordo com o que foi divulgado, os objetivos são criticar a dependência do mercado (investidores) e afirmar a urgência de políticas voltadas para as necessidades da população. 
aqui matéria do "el país" com as primeiras fotos.   

[vídeo - clique ]


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28 de março de 2012

#phdfeelings

qual a diferença entre sociais e naturais?
"morar no laboratório" não é uma figura de linguagem
pra quem faz pesquisa nas sociais.

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the world sustainability leader in the fast food industry Max Burgers share their story at planet under pressure.





The world sustainability leader in the fast food 
industry Max Burgers share their story 
at Planet Under Pressure

One may ask how it is possible to open a chain of Burger restaurants that outperforms the international fast food giants. Max Burgers not only made McDonald’s close down restaurants in the northern towns of Sweden but they also try to seed a revolution for a sustainable fast food industry. Max Burgers are the first chain of restaurants in the world to provide carbon labeling for all its meals and fully offset the environmental impact of its operation by planting trees in Africa. The Max reforestation program is the largest in the entire Plan-Vivo certification system. The goal is to make the whole operation fossil fuel-free and to become a fully sustainable enterprise in a sustainable society. They can however, not reach their goal without help from their industry colleagues.



About Max






Max, founded in 1968, is Sweden’s first hamburger chain. The family-owned chain is a market-leader and a pioneer in low-fat products. The company’s success is also due to its ability to offer freedom of choice and food cooked to order. Both the beef and chicken used are produced locally. The company was also the first restaurant chain in the world to provide carbon labelling for its meals and fully offset the environmental impact of its operation by planting trees in Africa. The goal is to make the whole operation fossil fuel-free. In 2011, Max’s sales totalled SEK 1,475 million. In 2010, Max entered their first international market, Norway. To date Max have 88 restaurants in Sweden and two in Norway.

 participates in two sessions:1. Monday 26th, Pär Larshans, Chief Sustainability Officer at Max Burgers, will provide a thought-provoking and inspiring presentation on how to strategically move towards sustainability, during the Bridges to the Future session.
(At 2 pm, Room 14)
2. Wednesday 28th, Max Burgers host an exclusive breakfast roundtable discussion on global food security together with Forum For the Future, Stockholm Environment Institute and The Natural Step.
– We need much more action from the food industry and we want to support a progressive agenda in Rio +20. That’s why we are here. At this conference we want to learn and to inspire, but more importantly, we want to find sustainability leaders from other parts of the planet, with whom we can form strategic alliances for global food security, says Pär Larshans, Chief Sustainability Officer at Max Burgers.
Starting in May 2008, Max has labeled all products with their respective climate impact – allowing and empowering their guests to take the climate impact into consideration when placing their orders. Since 2008, Max has made carbon offsets for its total climate impact – from the farmers land to the guest’s hand.
– This initiative offers power to our customers as it gives them the opportunity to choose meals not only from taste or health but also from climate impact. And by carbon offsetting through tree plantation, we will constantly be reminded of the costs of our carbon footprints and thus continue to work towards zero climate impact, says Pär Larshans, Chief Sustainability Officer at Max Burgers.
Apart from putting climate on the menu Max have also taken other concrete measures to become environmentally and socially sustainable, such as:
  • All restaurants are powered by 100% wind energy.
  • All frying oil used is converted into biodiesel.
  • Since 2005, Max products have been recognised as the healthiest in the industry.
  • No to GMOs and trans fats.
  • All fish is sourced from responsibly managed fisheries (MSC-certified).
  • All restaurants have more than two staff members with a disability.
  • An extensive internal leadership program which includes sections on sustainability and diversity.
  • Partnerships with research and industry to promote sustainable beef production and science based methods for social sustainability.
  • Significantly increased recycling rates.
  • Removed unnecessary packaging as well as all toys for kids requiring batteries.
  • Introduction of organic coffee and milk.
Short facts
  • Sustainability has proven to be one of Max’s most profitable initiatives ever. It has, in fact, proven to be more profitable than opening up new restaurants.
  • Approx. 3 000 employees
  • 88 restaurants in Sweden, all owned by the founding family
  • Most satisfied customers in the business, nine years in a row
  • Most preferred hamburgers in Sweden
For more information on the workshop please visit:



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27 de março de 2012

hora do planeta 2012.

pra ver o filme da hora do planeta 2012, clica na imagem abaixo. 
começou na austrália em 2007, no calor da repercussão do
quarto relatório periódico do IPCC, confirmando a sua hipótese 
da mudança climática de causa antropogênica 
(o planeta estaria ficando mais quente por causa da ação humana no mundo).  
mas é claro como a luz que a hora do planeta também é uma ação de bastante visibilidade, embora peça pra todo mundo ficar no escuro. quando todos os gatos são pardos, a ação global vira uma  ótima oportunidade para promover marcas, empresas, governos como "amigos do meio ambiente", que alguns chamam de marquetagem barata.
também é uma excelente oportunidade para "desligar" a culpa ecológica 
eu participo da hora do planeta. pela sua força simbólica.
como se fosse um flashmob gigante liderado pela WWF
falei sobre isso aqui. acho que continuo pensando igual.
se também for a sua participar, turn the lights off.

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the goldman sachs muppets song: client or muppet? felix TV.

Two Goldman Sachs "clients" take a look at themselves after Greg Smith's New York Times op-ed in this musical puppet number. A parody of the Oscar-winning song "Man or Muppet" rewritten by author and law professor Frank Partnoy. Here.


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essa tal felicidade.

por REDAÇÃO em 27/03/2012 Unesp Ciência


A Idade de Ouro – História da busca da felicidade
Georges Minois; tradução de Christiane Fonseca Gradvohl Colas
Editora Unesp; 472 págs. R$ 72
" Na resenha da edição deste mês, a história de uma perseguição utópica e cíclica, que tem início em um mito pagão da Grécia Antiga e chega ao século 21 controlada pela mídia a serviço do mercado"

IdadedeOuro,A
Por Luciana Christante
"Ao mencionar que um de seus colaboradores havia resenhado dois livros sobre felicidade, um editorial da revista The New Yorker de 15 de março de 2010 aproveita para destacar a recorrência do tema ao longo da história da publicação, e prepara o leitor: “A inescrutável natureza do assunto parece um campo fértil para escritores e editoras, e uma boa maneira de deixar infelizes os resenhistas – como atesta uma pesquisa em nossos arquivos”.
Aqui, quem corre o risco de ficar descontente ou decepcionado com a leitura de A idade de Ouro – História da busca da felicidade (Editora Unesp; tradução de Christiane Fonseca Gradvohl Colas) são os que buscam receitas para atingir uma vida feliz ou que podem se sentir ofendidos ou fracassados se forem chamados de infelizes. Para eles, no entanto, as livrarias oferecem uma farta oferta de títulos de autoajuda.
O novo livro do historiador francês Georges Minois, autor de História do riso e do escárnio(Editora Unesp, 2003), não tem a pretensão de desvendar a essência da felicidade, do ponto de vista filosófico, psicológico, neurocientífico ou de qualquer outro. Seu objetivo é documentar a perseguição obsessiva (e inútil) dela pelo ser humano desde a Antiguidade.
O ponto de partida do livro é o mito pagão da Idade de Ouro, formulado pela primeira vez pelo poeta grego Hesíodo no século 8 antes de nossa era, que se refere a um período – já inatingível naquela época – em que os gregos teriam vivido num estado de apogeu e glórias perpétuas.
Esse mito foi “reeditado” várias vezes ao longo dos tempos, demonstra Minois. Dele deriva, por exemplo, o paraíso terrestre dos cristãos, materializado na América descoberta pelos europeus no século 16. O Renascimento, aliás, é destacado no livro como um dos períodos em que a felicidade mítica teve seu retorno mais triunfal, justamente porque a possibilidade de ser feliz fora interditada durante quase mil anos pela Igreja medieval.
“O fim das pestes e das grandes fomes, o impulso econômico e monetário, a redescoberta dos tesouros da Antiguidade, tudo isso foi percebido pelas elites como uma transformação radical do contexto e da qualidade de vida, a saída de um longo período de trevas – enfim, como o retorno da Idade de Ouro”, escreve o historiador.
Tamanha euforia renascentista abriu caminho para um século 17 pessimista, “dominado pela ideia de cólera divina”, que por sua vez impulsionou o retorno do culto à felicidade, agora mais individual que coletiva, no século 18. Tal ideia ganha ainda mais espaço no  Século das Luzes (19), quando Montesquieu declara que “o homem é feito para a felicidade”.
A “epidemia hedonista” atual é analisada com dureza pelo autor.  “Após um século 20 durante o qual o Estado pensou poder garantir a vida feliz dos cidadãos, assistimos de fato a uma interiorização do indivíduo quanto a sua felicidade pessoal. Mas a novidade é que daqui em diante todas as aspirações individuais são recuperadas pela mídia a serviço do mercado de hiperconsumo, e se tornam assim, ao mesmo tempo, apostas de massa”, escreve. A finalidade do discurso midiático predominante hoje, segundo ele, “é formar um cidadão feliz o bastante para comprar e convencido que será ainda mais feliz graças a suas compras”. "

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23 de março de 2012

'Mundo Moderno, Melhore'.

foi postado hoje no facebook do cena contemporânea 
bem lembrado
* só palavras que começam com M *


Monólogo.
de Chico Anysio.
[para ver o próprio Chico dizendo esse texto, clique aqui]



Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras, modificando maneiras, mascarando maracutaias, majestoso manicômio. Meu monólogo mostra mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio -- maior maldade mundial.

Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna. Monta matumbo malhado munindo machado, martelo, mochila murcha. Margeia mata maior. Manhãzinha, move moinho, moendo macaxeira, mandioca. Meio-dia, mata marreco, manjar melhorzinho. Meia-noite, mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento maravilha, motivação mútua, mas monocórdia mesmice. Muitos migram, macilentos, maltrapilhos. Morarão modestamente, malocas metropolitanas, mocambos miseráveis. Menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo. Metade morre.

Mundo maligno, misturando mendigos maltratados, menores metralhados, militares mandões, meretrizes, marafonas, mocinhas, meras meninas, mariposas mortificando-se moralmente. Modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas.

Mundo medíocre. Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, mercedes, motorista, mãos... Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando. Moradia meiágua, menos, marquise.

Mundo maluco, máquina mortífera. Mundo moderno, melhore. Melhore mais, melhore muito, melhore mesmo. Merecemos. Maldito mundo moderno, mundinho merda.



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22 de março de 2012

do planeta sustentável.


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pão de açúcar. brasília.


circulando no facebook

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há abuso no uso de 'sustentabilidade', diz criadora do termo.

22/03/2012 - 09h49

Folha

CLAUDIO ANGELO
ENVIADO ESPECIAL A MANAUS


O conceito de desenvolvimento sustentável e sua irmã, a sustentabilidade, têm sofrido abusos, especialmente das empresas. Quem diz é a mãe das crianças, a norueguesa Gro Harlem Brundtland.
Ex-premiê da Noruega, Brundtland, 73, chefiou a comissão que em 1987 produziu o relatório "Nosso Futuro Comum", onde o conceito de desenvolvimento sustentável foi cunhado. O relatório serviu de base para a Eco-92.
Thierry Roge/Reuters
Gro Brundtland em foto durante uma conferência da OMS em Bruxelas; ela participa nesta semana de fórum em Manaus
Gro Brundtland em foto durante uma conferência da OMS em Bruxelas; ela participa nesta semana de fórum em Manaus
Desde 2007, ela integra juntamente com Fernando Henrique Cardoso, Kofi Annan, Jimmy Carter e outros líderes mundiais o grupo dos Elders, formado por Nelson Mandela para discutir a paz e os direitos humanos.
Ela diz que o desenvolvimento sustentável, aos 25 anos, ainda não foi implementado. E que, mesmo com o sequestro da noção de sustentabilidade por empresas que não têm práticas nada sustentáveis, o par não deve ser abandonado. "Mesmo que alguém inventasse outra definição, e eu ainda não vi isso, eles encontrariam um jeito de fazer mau uso dela."
Brundtland abre nesta quinta-feira (22) em Manaus o Fórum Mundial de Sustentabildade, evento anual que traz lideranças do setor ao Amazonas. Não chegará a se encontrar com FHC, que faz palestra no evento no dia seguinte.
Em entrevista à Folha, ela falou de suas expectativas para a Rio +20.

Folha - A sra. não está de saco cheio dessa palavra "sustentabilidade"?
Gro Harlem Brundtland - Para mim a expressão é "desenvolvimento sustentável". Esse é o conceito. Nos últimos dez anos, mais ou menos, as pessoas começaram a usar "sustentabilidade" como uma forma alternativa de dizer. Eu sempre tive muito cuidado em não usar a palavra "sustentabilidade" sozinha enquanto conceito que cobre a visão para o futuro. Nós precisamos de sustentabilidade em diversas áreas, mas também precisamos de desenvolvimento sustentável. E eu não estou de saco cheio disso, porque não aconteceu ainda.
A sra. não acha que houve muito abuso e mau uso do conceito? Ele parece ter sido sequestrado por empresas para fazer "greenwash" (dar aparência de verde).
Sim. Acho que há mais abuso quando fala de sustentabilidade. Porque essa palavra foi introduzida depois, num contexto diferente, como se entregasse aquilo que o desenvolvimento sustentável significa. Você precisa olhar cada empresa para saber se elas estão adotando a sustentabilidade ou a responsabilidade social corporativa. Palavras sempre podem ser mal usadas. Mas você não pode simplesmente dizer: "Esse conceito foi distorcido, então deixamos o conceito de lado". Porque eu não acho que nós possamos encontrar uma maneira nova e melhor de descrever do que trataram a nossa comissão e a Rio-92. Não vale a pena reinventar a roda porque alguém a roubou ou tentou roubá-la. Ela vai ser roubada de novo. Mesmo que alguém inventasse outra definição, e eu ainda não vi isso, eles encontrariam um jeito de fazer mau uso dela.

Vinte e cinco anos depois do Relatório Brundtland e 20 anos depois da conferência do Rio, o desenvolvimento sustentável entregou o que prometeu? Por que é tão difícil achar exemplos dele na prática?
Eu acho que a totalidade do conceito, a visão dos pilares econômico, ambiental e social numa abordagem integrada de longo prazo, um padrão de desenvolvimento sustentável, não aconteceu em lugar nenhum. Mas muitas mudanças aconteceram, movimentos numa melhor direção. O Protocolo de Montréal, entre a minha comissão e a Rio-92, é um exemplo. O mundo se livrou das substâncias que afetam a camada de ozônio.

Mas críticos dizem que isso só aconteceu porque já era de interesse das empresas.
Eu já ouvi isso. Mas acho que a história não é assim tão simples. Acho que as pessoas mais progressistas na indústria entenderam que aquilo não podia continuar. Esse é um exemplo simples, de um único setor, muitos outros casos de sucesso em setores específicos aconteceram. Mas, é claro, não houve sucessos globais semelhantes, e os gases de efeito estufa são um exemplo de abordagem ampla e global que envolve todos os setores da economia. Daí a dificuldade de chegar a um resultado.

E, no entanto, o clima não será tratado na Rio +20.
Existem os trilhos da convenção [do clima das Nações Unidas]. Não queremos mais uma conferência do clima no Rio. Depois do colapso de Copenhague, houve no México passos no sentido de os países discutirem cara a cara o que é preciso fazer no futuro. E em Durban, no ano passado, as pessoas se deram conta de que não existe maneira de lidar com a questão climática se você fizer crer que isso é algo que os países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] podem resolver sozinhos. As emissões da OCDE eram 50% do total mundial, agora são menos de 30%.

A sra. é europeia, e os europeus sempre negociaram acordos internacionais com metas e prazos. Durban mudou isso, passou a focar em processos. O Rio aparentemente está nesse rumo. A sra. não acha que isso pode dar à sociedade a impressão de que só se está entregando promessas?
Isso é uma questão de realismo. Os europeus se deram conta de que os líderes mundiais não serão capazes de chegar a esse grau de detalhamento sobre metas e sobre a divisão de quem faz o quê. Mas eu não acho quer a UE vá parar de tentar colocar regras e metas na sua agenda interna. Voltando ao Rio, se nós não chegarmos a acordo sobre as metas de desenvolvimento sustentável, precisamos pelo menos concordar que elas precisam ser desenvolvidas. Talvez também algum acordo sobre as áreas que elas deverão cobrir. Que deve haver um sistema global de regras de desenvolvimento sustentável que se aplique a todos os países.

A questão do financiamento ao desenvolvimento sustentável pode impedir um acordo no Rio?
Pode ser. Mas, se você se lembrar do que aconteceu em Copenhague, mesmo sob pressão de uma crise econômica houve um compromisso significativo de finanças. Isso pode acontecer novamente no Rio. A economia agora parece melhor do que há um ano ou dois atrás.

Países emergentes como o Brasil reclamam bastante de que os ricos já usaram todos os seus recursos naturais e agora o ônus da conservação ficou conosco. Eles têm razão em reclamar?
Essa litania está aí desde a comissão. E no relatório da comissão nós reconhecemos que não, não podemos dizer ao mundo em desenvolvimento "desculpem, nós já enchemos a lixeira e agora vocês não podem mais jogar o seu lixo". Então nós precisamos transferir tecnologia, ajudar o mundo em desenvolvimento a superar a pobreza, dando dinheiro. Aí a pergunta é: o mundo desenvolvido fez isso? E a resposta é não o bastante. Você pode reclamar de que não tenha havido esforço suficiente para superar essas diferenças, mas não pode esquecer que este é o mundo em que vivemos, nem discutir o que deveria ter acontecido no Reino Unido quando eles começaram a Revolução Industrial.

Quais foram os principais avanços no desenvolvimento sustentável nestes 20 anos?
Houve uma mudança considerável no uso de energia, nos padrões de eficiência energética. O que você pode ganhar aumentando a eficiência energética está longe de estar realizado, as coisas estão acontecendo, ainda que lentamente. Este pode ser um dos grandes temas para o Rio.

A agenda da conferência está diluída demais?
Esta é uma conferência grande, com muitos países diferentes, muitos interesses diferentes. Você viu o "Rascunho Zero"? Ele é muito fraco. Mas rascunhos zero sempre são fracos. Porque qualquer coisa controversa, que tenha objeção de alguns países, é deletada. Mas eu nunca vi uma conferência internacional que se pareça com o rascunho zero. Quando os países se juntarem, e as ONGs pressionarem, ele será melhorado. E eu prevejo que, na conferência, ele será melhorado ainda mais, em áreas cruciais. Porque países levantam objeções no rascunho zero, deletam coisas, mas aí as forças começam a se mobilizar e essas coisas voltam ao texto.

Quais seriam, na sua opinião, os indicadores de que a conferência do Rio foi um sucesso?
Espero que haja acordo quanto à criação de um Conselho de Desenvolvimento Sustentável [na ONU], quanto à instituição de relatórios nacionais regulares de desenvolvimento sustentável com transparência, pelos quais os países prestem contas para o resto do mundo.

E o maior risco de fracasso?
Não sei. Há a questão financeira, da qual falamos mais cedo. Mas, sabe, existe muito dinheiro hoje que está parado porque as pessoas têm medo. Quem tem dinheiro não sabe onde investi-lo. Então, uma clareza maior sobre institucionalizar sistemas que possam melhorar o uso de fundos públicos e de investimentos privados muito mais amplos em energia, por exemplo, é uma questão importantíssima que pode sair do Rio. O Rio pode obter um acordo sobre a realocação desse dinheiro, que é necessária e útil: mais empregos, menos energia, menos uso de recursos naturais.

Existe algum país que possa liderar na economia verde?
A Coreia do Sul fez muitos esforços nessa direção.

Como o Brasil está indo?
O país é tão grande e há tantos aspectos que eu não sei o bastante para responder. Mas muita coisa está acontecendo. Há uma melhora na questão do desmatamento na Amazônia, que pode ser medida. Mas está muito melhor agora do que quando viemos em 1985. Eu me lembro que estive em Manaus com um governador famoso [Gilberto Mestrinho] que achava uma estupidez isso de os ambientalistas virem dizer o que fazer com a Amazônia. Quanto estivemos em Cubatão, aquilo era um dos casos mais graves de poluição industrial. Hoje é um exemplo de como as coisas mudam.


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hoje tem lançamento do mundo sustentável 2 em brasília.

na livraria cultura do iguatemi.
19h30min.
mais no site do andré trigueiro -> http://www.mundosustentavel.com.br

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21 de março de 2012

hoje é dia mundial da água.

um dos principais argumentos circulando por aí chama a atenção para a super população mundial, diz que já somos 7 bilhões, que vamos chegar a 9 bilhões etc... e que não vai ter nem comida, nem água para todo mundo. Ok. mas a crítica desse argumento chama a atenção para outros pontos super importantes: não existe comida e água para todo mundo ou o que é produzido e explorado está mal distribuído? a água não está sendo destinada para a produção de mercadorias e alimentos que dão mais lucro no mercado global? será que o estilo de vida, cada vez mais urbano, não desperdiça água e comida? hoje é o dia mundial da água. sem água, não há alimento. água é alimento. o slogan da campanha do dia mundial da água desse ano diz: 'o mundo está sedento por que nós estamos famintos'.  Sobre a gestão dos recursos hídricos no Brasil, em tempos de pré-sal, olha aqui e aqui. sobre a água como questão de disputa internacional, aqui e sobre o vazamento da Chevron, aqui. abastecimento de água no país, aqui.

video produced by kf@kantfish.com and 
featuring a soundtrack by DDG Project.

22th March


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aterro sanitário bem limpinho na novela das 8. cenográfico, vai. mas acho que nunca antes na história desse país. ou alguma novela já teve 'lixão' como núcleo?



texto do blog da novela
Avenida Brasil - Chamada 1 - Novela das 21h Rede Globo


"A primeira chamada da novela Avenida Brasil começou a ser veiculada na noite de ontem, em um intervalo de Fina Estampa. Na internet, a repercussão foi muito positiva. Nas redes sociais, muitas pessoas demonstraram surpresa e encantamento com a qualidade do material apresentado.
O aterro sanitário cenográfico, construído dentro do Projac, parece real. O tratamento da imagem em alta definição também impressiona. Os requintes de crueldade no comportamento da vilã Carminha (Adriana Esteves) é um atrativo à parte. Por outro lado, o drama da menina Nina promete comover o país.
Esta é, sem dúvidas, uma das melhores chamadas já produzidas pela TV Globo, e a trama de João Emanuel Carneiro tem tudo para se tornar um clássico da nossa dramaturgia. O competente autor é considerado o melhor da atualidade, e tem plenas condições de reafirmar seu talento trabalhando com um elenco de peso.
Resta-nos aguardar pela estreia, que acontece no próximo dia 26."


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