28 de fevereiro de 2011

mudanças climáticas: os alertas que vêm da área de seguros, artigo de washington novaes.


Publicado em março 1, 2011 por HC



JORNALISTA – E-MAIL: WLRNOVAES@UOL.COM.BR
Artigo originalmente publicado em O Estado de S.Paulo
EcoDebate, 01/03/2011



[O Estado de S.Paulo] O eventual leitor compreenderá – e relevará – que o autor destas linhas trate com tanta frequência e insistência do tema das mudanças climáticas e de suas desastrosas consequências no mundo e no Brasil. O artigo de duas semanas atrás – sobre problemas em represas e a necessidade de rever os seus padrões de implantação, diante do volume, peso e velocidade das águas nestes novos tempos, inclusive em São Paulo – provocou várias manifestações de leitores.
Um deles, o engenheiro Michael L. Pinkuss, chama a atenção para a necessidade de avaliar também o acúmulo de sedimentos nos reservatórios e sua influência no nível das águas. É tema que tem preocupado muito, entre outros cientistas, Philip Fearnside, que foi de várias instituições internacionais e hoje está no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Fearnside estudou esse acúmulo em várias barragens da Amazônia – Balbina, Samuel, Curuá-Una, Tucuruí e no projeto de Belo Monte – e alerta também para as emissões de gases que intensificam o efeito estufa emanadas de sedimentos orgânicos que, carreados pelos rios, após os desmatamentos, se acumulam nos reservatórios.
Talvez o tema da revisão de padrões de construção urbanos, rodoviários, hidrelétricos, etc. ganhe mais destaque e leve a modificações, na legislação e na prática, com as notícias que chegam de estudos que estão sendo desenvolvidos na Carolina do Sul, nos EUA, por instituições contratadas pelas maiores empresas de seguros na construção em todo o mundo, que só na área de edificações residenciais têm US$ 500 bilhões segurados e no ano passado perderam US$ 36 bilhões com danos provocados por inundações, vendavais, ciclones, deslizamentos de terras, etc.
No condado de Chester County, a Building House Safety (BHS) está terminando de construir um túnel com 150 superventiladores, capazes de provocar uma corrente de ar a 300 km/h, para poder observar as consequências em casas com os atuais padrões de construção e em outras mais resistentes. “Nós não estamos construindo observando os padrões de hoje nos lugares onde vivemos”, diz Julie Rochman, da BHS. “Construímos da forma em que queremos viver, esquecendo as lições do passado.” E isso tem tido consequências graves com chuvas, ventos, elevações do nível do mar – inclusive na perda de safras agrícolas.
“É muito difícil negar o aquecimento global”, diz Rochman. “Mas as seguradoras estão aí para mostrar.” Tanto assim que elas estão revendo o padrão internacional para seguros nesta área. E providenciando também simuladores de incêndios florestais, para poder criar um sistema de alertas. Porque a cada dia chegam notícias mais complicadas. Uma delas, publicada pela revista Time, é de um estudo do Instituto do Meio Ambiente de Estocolmo, segundo o qual se pode agravar muito nos próximos 100 anos, com o aquecimento global, a situação já preocupante de falta de água no sudoeste norte-americano, incluindo Califórnia, Nevada, Novo México e Utah. O déficit nessas regiões, que já é alto, poderá quadruplicar. E os custos para remediá-lo poderiam chegar a US$ 2 trilhões.
Não é só ali que aumentam as aflições. No sul dos EUA o problema é, ao contrário, o “excesso” de chuvas. Nessa região, logo depois do Natal, choveu em volume não visto desde 1880. Em Los Angeles, em três semanas, choveu o que costumava cair em um semestre. A Austrália ainda está às voltas com os dramas da inundação em Queensland. Nas Filipinas, desde dezembro do ano passado, 2 milhões de pessoas foram atingidas por inundações. Na África do Sul, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) está alertando para o alto risco de inundações nas próximas semanas, continuando as que já arrasaram dezenas de milhares de hectares de cultivos – e comprometendo a alimentação dos mais pobres. Botswana, Lesotho, Moçambique, Namíbia e Zimbábue enfrentam os mesmos problemas. A África do Sul já decretou “estado nacional de desastre”.
Estranhamente, entretanto, o Partido Republicano dos EUA tenta bloquear na Câmara dos Deputados proposta que mantém poderes da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) para fixar padrões de emissões de gases nos vários setores econômicos e até exigir a redução. Esses poderes vêm sendo reconhecidos pela Corte Suprema do país desde 2007.
Também por aqui temos muito com que nos preocupar. Balanço publicado por este jornal (11/2) mostra que transportamos por rodovias nada menos do que 58% das cargas, ante 25% no sucateado setor ferroviário e 17% em hidrovias. Nada a estranhar, portanto, que o poluente diesel do petróleo responda por 53% das emissões no setor de transporte. Na Rússia, 81% das cargas vão por ferrovias; no Canadá, 46%; na Austrália e nos EUA, 43%. Para os problemas brasileiros contribuem também as emissões de automóveis, fabricados em quantidade cada vez maior e até com redução de impostos.
É preciso mudar essa matriz. Como é preciso atuar também em outros setores. Ainda agora, o Ministério Público Federal está recomendado ao Ibama (Estado, 10/2) que suspenda as operações das fases A e B, assim como anule a licença da fase C, no complexo termoelétrico de Candiota (RS) – movido a carvão -, que “viola desde 2005 os padrões de emissão máximos fixados pelo próprio Ibama”. As duas primeiras fases, juntas, têm 446 MW e a terceira, 350 MW. Mas, na prática, o que está ocorrendo é que o setor de energia recorre cada vez mais a usinas termoelétricas – de energia muito mais cara e altamente poluidoras.
Estudos publicados pela revista Nature (BBC News, 17/2) mostram que chuvas mais intensas têm hoje probabilidade 20% maior de acontecer por causa do aumento das emissões de gases. Já passou, portanto, da hora de mudar nossa postura interna e colocar a política do clima no centro de nossas estratégias, influenciando todas as áreas.


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música. belle & sebastian. I want the world to stop. [2010]





I want the world to stop.
belle & sebastian.

I want the world to stop (I want the world to stop)
Give me the morning (give me the understanding)
I want the world to stop (I want the world to stop)
Give me the morning, give me the afternoon
The night, the night 
Let me step out of my shell
I'm wrapped in sheets of milky winter disorder
Let me feel the air again, the talk of friends
The mind of someone my equal
I want the world to stop
Tinseltown has followed me from Tinseltown to
Grey adorable city by the docks
Girls will walk in moving air the sun hangs low the girls don't care
As they paint themselves at dusk.
I want the world to stop
Towns and cities populations up and grow
The workers move to the suburbs
In between I watch and go
I run along side rush hour traffic a prayer for every car
I want the world to stop
I want to write a message to you
Everyday at 10 o clock in the evening
Yellow pearl my city is
This is your art this is your Balzac your Brookside and your Bach




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política nacional de resíduos sólidos: oportunidades, novos nichos de serviços, artigo de maria alice doria e patricia guimarães.


Publicado em março 1, 2011 por HC

leia o post original aqui

* Colaboração de Ana Finatti para o EcoDebate, 01/03/2011

[EcoDebate] No ano de 2010 o Brasil instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos através da promulgação da Lei 12.305/10. A política de resíduos sólidos no Brasil está baseada no Princípio do Poluidor-Pagador e no de Desenvolvimento Sustentável e traz uma importante inovação: a Logística Reversa, a qual deverá a ser implementada pelos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos (seus resíduos e embalagens), como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo, resíduo perigoso (observadas as regras de gerenciamento de resíduos), pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
A logística reversa será instrumento para o “desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”[1].
São conhecidos os esforços dos países em reduzir a emissão de gases do efeito estufa e o aumento do aquecimento global. Sucede que, na prática, a criação da Logística Reversa, funcionamento e divisão de custos entre todos os responsáveis legais não será tarefa fácil. De acordo com a nova lei federal, os geradores de resíduos deverão arcar com os custos da implementação do sistema. O Decreto nº. 7.404/10, que regulamentou a Lei nº. 12.305/10 prevê os instrumentos e a forma de implantação da Logística Reversa, tais como: acordos setoriais, levando em conta a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto; regulamentos expedidos pelo Poder Público; ou termos de compromisso.
No que se refere aos acordos setoriais, estes serão, sem dúvida, uma ferramenta importante nessa negociação que deverá envolver Poder Público, importadores, distribuidores ou comerciantes do produto objeto do sistema de logística reversa, uma vez que serão objeto de consulta pública, e avaliados pelo Ministério do Meio Ambiente, de forma a garantir que tais acordos cumpram o objetivo legal de destinação ambientalmente adequada dos resíduos sujeitos à logística reversa.
Uma outra inovação, trazida pelo Decreto nº. 7.404/10, é a previsão do Poder Público em celebrar termos de compromisso com os fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes nas hipóteses em que não houver acordo setorial ou regulamento específico.
Assim, não obstante os instrumentos trazidos pelo legislador para a implementação do sistema da Logística Reversa, sua execução demandará a criação de políticas públicas que facilitem a execução das obrigações previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, caso contrário o Poder Público acabará por tornar a imposição legal inócua ou excessivamente onerosa para a própria sociedade.
Após a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, ficou mais que evidente que o meio ambiente passou a ocupar seu espaço na ordem econômica do país.
Nesse particular, saliente-se que ordem econômica, constitucionalmente prevista[2], determina que a defesa do meio ambiente deverá ser efetivada inclusive através de tratamento diferenciado, dependendo o impacto ambiental dos produtos e serviços.
É então, com vistas a tais diretrizes, que se deve atentar que o Brasil possui uma das maiores biodiversidades existente no planeta, cuja correta exploração de seus recursos dependerá da união de forças tanto dos entes Públicos como do setor Privado.
Com efeito, a implementação de um sistema de logística reversa no País ocorre em momento oportuno e enseja esforços comuns em prol do meio ambiente não só dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos que deverão se adequar a nova legislação, bem como o Poder Público e de toda cadeira de consumo, considerando o ônus de sua implantação e gerenciamento.
Surge aí, então, um novo nicho de negócios no gerenciamento dos resíduos sólidos, onde boas idéias sustentáveis, além de estarem em voga, poderão impulsionar o crescimento da economia formal, facilitando a integração dos diversos setores atingidos, seja industrial ou comercial, com o consumidor final.
Maria Alice Doria e Patricia Guimarães são, respectivamente, sócia e advogada associada da área ambiental do escritório Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados Associados.
[1] Definição prevista no art. 13 do Decreto nº. 7.404/10.
[2] “Art. 170 – A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: (…)
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;”

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circo legal não tem animal. campanha da proanima.


texto recebido por email.


A idéia de que é engraçado ver animais silvestres coagidos a agirem como pessoas atrapalhadas, ou emocionante ver “feras” poderosas reduzidas a covardes apavorados por um treinador que estala seu chicote é primitivo e medieval. Vem da velha idéia de que somos superiores a outras espécies e que temos o direito de ter o domínio sobre eles.


Desmond Morris


 

 Fonte:  

http://www.proanima.org.br/ouca-a-voz-dos-animais/animais-no-entretenimento/circo-legal-nao-tem-animal




A PROANIMA QUER UM MUNDO 

SEM ANIMAIS DE CIRCO.


Você é daqueles que vai a um circo e vê um elefante ou um leão fazer truques e pensa: “Puxa, como ele é esperto! Como será que aprendeu tudo isso?” E então você ri, se diverte, volta pra casa e depois de algum tempo esquece o que viu... Até o próximo circo chegar à cidade... Um animal selvagem é diferente de um animal doméstico... Podemos ensinar um cão a se sentar com algumas lições e uns biscoitos, porque os cães convivem há milhares de anos com seres humanos. Já para ensinar um elefante a se sentar ou ficar em pé nas patas traseiras, ou um leão a pular por uma roda de fogo, a história é diferente. Até chegar ao momento do show, àquele em que você ri e se diverte, um animal selvagem, seja ele urso ou elefante, chimpanzé ou leão, girafa ou chimpanzé, sofreu muito...

 

Veja como vivem (e morrem) estes animais:

 

- RETIRADOS DE SEUS HABITATS | A maioria dos animais usados em circos são animais silvestres de outros países (chamados de exóticos) . Eles, seus pais ou avós foram retirados das savanas e florestas, de onde nunca deveriam ter saído. Foram separados de suas famílias e grupos sociais, transportados de modo inadequado. Muitos companheiros de jornada não resistiram. O uso de animais em espetáculos alimenta o tráfico de animais silvestres no mundo. Só isso já seria uma razão de se combater o uso de animais em circos. Mas tem mais....

- TREINADOS COM CRUELDADEPara treinar elefantes, são usados bastões pontiagudos de ferro, com os quais os treinadores batem com muita força... Ursos “dançantes” são tradicionalmente treinados com chapas quentes que queimam seus pés; felinos que saltam rodas de fogo -- algo que fere totalmente seu instinto de sobrevivência -- são subjugados a este comportamento anti-natural à base de chibatadas, fome e medo. São freqüentes os animais de circo terem seus dentes cerrados, garras arrancadas e tantas mais atrocidades para faze-los mais “manejáveis” no treinamento. Tudo até que o animal esteja pronto para divertir um humano... será que temos o direito?

- PRIVADOS DE SEUS COMPORTAMENTOS NATURAISManter animais silvestres em gaiolas e acorrentados, longe de seus habitats, de seus grupos familiares, viajando em recintos minúsculos, submetidos ao calor, ao estresse, ao barulho dos espetáculos, priva totalmente os animais das necessidades de suas espécies. Um elefante, por exemplo, é um animal que vive em grupos familiares por dezenas de anos, tem padrões complexos de comunicação, e anda cerca de 40 km por dia... que vida em circo chega sequer perto da vida natural destes animais? Você já deve ter visto elefantes que balançam a cabeça de um lado para o outro, não? Isso não é alegria! É comportamento que revela estresse profundo. Pense bem: você acha justo que um animal que poderia estar livre em seu habitat, passe por tudo isso para que você o veja por alguns minutos fazendo truques aprendidos pela repetição da dor?

- PAGAM COM A VIDA QUANDO SÃO ENVOLVIDOS EM ACIDENTE| Depois, quando um animal não resiste a tanta pressão e ataca seu tratador, treinador ou alguém da platéia, ele é morto e todos dizem não entender porque isso aconteceu, pois o animal parecia tão manso...! Estes casos ocorrem todos os anos no Brasil e no mundo, mas os donos de circos com animais tentam abafar a cobertura e atenua-los como “fatalidades”. Mas ir ao circo seria muito mais seguros se estes não tivessem animais. 
Veja, só em 2005:
- Junho, Tigre ataca homem em Lavras do Sul., RS, Circo Brener. 
- Agosto de 2005 - Circo Koslov, criança tem dedo arrancado por chimpanzé.
- Junho, Restinga Seca, RS, leão ataca criança e é morto.

- VIVEM SEM ASSISTÊNCIA VETERINÁRIA, ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Quem tem um bicho de estimação em casa, bem cuidado, vê a despesa e o trabalho que dá. Já pensou cuidar de um elefante, de um chimpanzé? Quantas localidades no Brasil têm veterinários especializados em animais exóticos? Raríssimas!!! Desta forma, o circo sai rebocando de um canto para outros, sem assistência adequada estes animais. Se ficarem doentes, serão tratados no improviso. São inúmeros os casos de animais apreendidos de circos que morriam mortes lentas por falta de tratamento adequado.
Muitos animais são alimentados com cães e gatos idosos, contraindo assim doenças , como AIDS felina, como a Leoa Lindinha, apreendida e levada ao Zôo de Brasília, onde não poderá conviver com outros de sua espécie por causa da doença que porta.
 
- ABANDONADOS QUANDO NÃO “SERVEM MAIS”Só em 2005, 11 animais como leões foram abandonados nos lixões e galpões do Brasil afora: 05 leões abandonados perto de Uberaba em maio; um casal de leões foi abandonado por circo que fechou em Palmeira, Paraná; em setembro, 2005, 4 leões, apreendidos pela PMA, foram largados pelo circo Real Brasil Novo Hamburgo, RS. Uma investigação na Europa pela entidade portuguesa ANIMAL mostrou que em apenas dois anos 51 animais desapareceram em apenas um circo (Atlas). Isto na Europa! Imagine aqui! Leia mais: www.animal.org.pt

- CULTURA É PARA MUDAR!!!!Há quem diga que animais em circo fazem parte da cultura do mundo. Mas já imaginaram se a cultura não se modificasse com o passar do tempo? Se a informação e o conhecimento não nos mostrassem que há um caminho melhor a ser seguido? A cultura humana é exatamente aquele aspecto fundamental da humanidade que se transforma na história. Se não, ainda teríamos shows com leões se alimentando de escravos como na Roma antiga, ou estaríamos defendendo o assassinato de bebês meninas na China, ou a mutilação dos órgãos genitais de moças na África. Ou o escravagismo no Brasil, ou o desmatamento, ou a falta do direito de voto para mulheres, que também foram práticas altamente “justificadas” e culturalmente estabelecidas em nosso país. Felizmente o mundo muda e a idéia de que é legal ter animais em circos também está mudando em vários países. No Brasil, 30 municípios e quatro estados já proíbem a apresentação de animais em circos.

O QUE VOCÊ PODE FAZER?
 
- Informe-se.

- Divulgue o que ocorre com animais em circos para que mais pessoas reflitam e mudem

- Não vá a circos com animais!

- Apóie o PL 2883/00 de Affonso Camargo, que tramita no Congresso Nacional, contra o uso de animais em circos. Escreva para os deputados da Câmara explicando porque você, como eleitor, quer ver a abolição do uso de animais em circos

- Participe do abaixo-assinado pela aprovação do PL 7291/2006 - que proíbe o uso de animais em circos!

- Entre em contato também com os deputados distritais (no caso do DF) e estaduais e vereadores para que elaborem Projetos de Lei no mesmo sentido em seus estados e municípios.

Os circos são uma ótima diversão e nos mostram o talento e a criatividade das pessoas. São acessíveis ao grande público e levam saberes e histórias centenárias a todos os cantos, mesclando a cultura de vários países. Mas sujeitar um animal a uma vida de prisão e comportamentos anti-naturais não pode ser a nossa diversão! Quantos circos se reinventaram, aposentaram seus animais dignamente e hoje, continuam suas apresentações fazendo pessoas felizes com o show de outras pessoas! Veja abaixo alguns circos que não usam animais. Eles não faliram, não se acabaram, não deixaram seus artistas desempregados...


CIRCOS SEM ANIMAIS:

* se vc tiver algo a comentar/ acrescentar/ retirar 
nesta lista, por favor, informe:


Circo Mágico de Moscow
Cia Clawnesca Cara Melada
Cia Pavanelli
Circo da Alegria
Circo Dança Teatro Intrépida Trup
Circo Girassol
Circo Mínimo
Circo Navegador
Circo Spacial
Circo Teatro Musical Furunfunfum
Circo Trapézio
Circo Vox
Circodélico
Cirque Ahbaui
Companhia Teatral e Circence Trupe Sapeka
Parlapatões, Patifes & Paspalhões
Sply
Up-Leon
Circo Popular do Brasil
Circo Gran Bartholo


CIRCOS QUE AINDA UTILIZAM ANIMAIS
* se vc tiver algo a comentar/ acrescentar/ retirar 
nesta lista, por favor, informe:


Le Cirque
Circo de Moscow
Circo Di Napoli
Circo Bartholo
Circo Beto Carreiro
Circo Bim Bobo
Circo De Roma
Circo da Romênia, do Mário Stankovich
Circo Garcia
Circo Stankowich
Circo Tradição
Circo Vostock
Washington Circus





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música. raul seixas. aluga-se. [programa do chacrinha,1981]



A solução do nosso povo eu vou dar,
Negócio bom assim ninguém nunca viu
Ta tudo pronto aqui, é só vim pegar
A solução é alugar o Brasil!


Nós não vamos pagar nada,
Nós não vamos pagar nada
É tudo FREE tá na hora,
Agora é free vamos embora

Dá lugar pros gringo entras pois
Este imóvel está para alugar.
Os estrangeiros eu sei que eles vão gostar

Tem o Atlântico tem vista pro mar
A Amazônia é o jardim do quintal
E o dólar deles paga o nosso mingau,

Nós não vamos pagar nada,
Nós não vamos pagar nada,
É tudo free tá na hora agora
É free vamos embora

Dá lugar pros gringo entrar
pois este imóvel está pra alugar


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a better path to prosperity. umair haque.

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como o seu consumo afeta a maior floresta tropical do mundo.


22/02/2011

do blog do sakamoto
post original aqui
Será lançado, nesta quarta, no seminário “Conexões Sustentáveis São Paulo – Amazônia” o segundo estudo “Quem se beneficia com a destruição da floresta”. A investigação traz exemplos de atores que produzem gado de corte, soja e madeira envolvidos com o desmatamento ilegal e o trabalho escravo que se conectam a outros, indústrias ou tradings, até chegar a varejistas que operam na capital paulista. Dessa forma, grandes empresas baseadas em São Paulo, e seus clientes, acabam financiando, mesmo sem saber, cadeias produtivas insustentáveis. Como sou um dos coordenadores da investigação, trago um dos casos relatados. Mas antes um pouco de necessário blá-blá-blá.
O objetivo principal da investigação é alertar as empresas e os consumidores sobre a importância de adotar modelos de negócios que não financiem a exploração predatória dos recursos naturais, a degradação de trabalhadores ou que cause danos às populações tradicionais. É possível produzir na Amazônia sem devastá-la. Obter alimentos e móveis de forma sustentável, com respeito ao meio e às comunidades que dele dependem.
Povos indígenas, comunidades tradicionais e pequenos agricultores estão no topo da lista dos que saem perdendo. No entanto, essa relação é ainda mais longa, uma vez que não só o Brasil, mas o planeta inteiro é afetado pela exploração inconseqüente dos recursos naturais, já que a floresta em pé é decisiva para a manutenção da qualidade de vida de milhões de pessoas. Entre outras funções vitais, ela regula o regime de chuvas e a temperatura média de uma extensa área do globo.
A responsabilidade social empresarial deve ser exercida em sua plenitude e não apenas em ações de marketing social ou de filantropia. O consumidor precisa urgentemente ser educado e se educar para não comprar, sob nenhuma condição, produtos que tenham crimes ambientais e trabalhistas em sua cadeia de produção. O governo precisa tornar eficiente sua capacidade de fiscalização, educação e repressão às ações criminosas. O pode judiciário deve se agilizar e fazer o que for necessário para evitar que um processo por destruição ambiental ou por trabalho escravo se arraste por anos. Os agentes financiadores, públicos e privados, não podem mais injetar recursos em processos predatórios, seja através de compras públicas ou de financiamento à produção.
O ato da compra é um ato político poderoso. Através dele damos um voto de confiança para a forma pela qual determinada mercadoria é produzida. Um exercício democrático que não é exercido apenas a cada quatro anos, mas no nosso dia-a-dia. E que pode ditar o destino da maior floresta tropical do mundo e de sua gente. Ou seja, também cabe a cada um de nós, paulistanos, decidir o futuro da Amazônia.
O formato do estudo, tocado pela Repórter Brasil e a Papel Social Comunicação, é multimídia e livre para navegar como quiser. Esse é o novo modelo de divulgação de estudos e pesquisas que vem sendo adotado por organizações sociais na Europa e nos EUA. Não polui, circula mais, é acessível ao público (que vai consumir a informação e não guardá-la no armário ou usá-lo como anteparo para o monitor) e não é (tão) chato.
Exemplo de caso: A madeira duvidosa dos prédios de luxo
O problema: Um prédio de luxo da capital paulista – que tem a Tecnisa e a Stuhlberger como investidoras e a SKR como construtora responsável pela obra – utilizou madeira comercializada pela Sulmap. A empresa está envolvida em diversos ilícitos ambientais e sociais, como uso de planos de manejo irregulares e exploração ilegal de toras em terra indígena.
O caso: A Sulmap é controlada pelo Grupo Sincol, uma das maiores companhias do setor madeireiro no país. A corporação conta com 1,7 mil funcionários e produz principalmente portas e esquadrias, abastecendo o mercado nacional e exportando para América do Norte, União Européia e Oriente Médio. Também possui marcas próprias de portas, como Silentia, Sinkit, Indoor e Corta Fogo. O Grupo Sincol detém o selo da Forest Stewardship Council (FSC), a mais conhecida certificadora de madeira do planeta. Possui tanto áreas de manejo quanto produtos certificados, mas que não se aplicam à Sulmap. Porém, em acordo com as diretrizes do FSC, o grupo “reconhece que deverá ter uma mesma política em todas as unidades de manejo sob sua administração, mesmo aquelas que não estão abrangidas no escopo do certificado”.
Apesar de ter assumido esses compromissos ambientais, a madeireira Sulmap é acusada pelo Ministério Público Federal de envolvimento em grilagem de terras, uso de planos de manejo ilícitos e invasão de terra indígena em Colniza (MT). O local é palco de violentos conflitos fundiários e a madeireira é acusada de incentivar atividades de associação de agricultores para expulsar os índios do território. Além disso, a Sulmap consta da lista de embargos do Ibama. Desde 2006, o órgão interditou a exploração de uma área equivalente a 753 campos de futebol no município de Vera (MT) por conta de desmatamento de vegetação amazônica nativa em área de reserva legal.
Em 2009, a Sulmap forneceu produtos beneficiados de madeira para a construção de um prédio de luxo – o Sollo Vila Romana – localizado na Vila Romana, bairro nobre de São Paulo (SP). A incorporação do edifício é de responsabilidade da Fábia Empreendimento Imobiliário, uma sociedade de propósito específico com capital das construtoras Stuhlberger e Tecnisa. A obra é tocada pela SKR Engenharia.
O que dizem as empresas: 
assessoria de comunicação da Tecnisa afirmou que a empresa não tem responsabilidade sobre as obras do Sollo Vila Romana, pois a participação da construtora estaria restrita “à parte de investimento de capital”.
Assim como a Tecnisa, a direção da Stuhlberger também afirmou que “tem sua participação na Fábia Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda como investidora” apenas.
Já o engenheiro da SKR responsável pela obra do Sollo Vila Romana emitiu nota manifestando “surpresa” e “desconhecimento” sobre os problemas socioambientais relacionados à Sulmap. O funcionário da empresa também afirmou que os produtos de madeira adquiridos para a obra teriam sido acompanhados das devidas notas fiscais e guias florestais. “Acreditamos desta forma, que cumprimos todas as formalidades legais necessárias para evitar a compra de madeira ilegal (tendo em vista todos os documentos apresentados)”.
Para acessar o estudo, clique aqui (em flash).


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a hora do planeta.

http://www.horadoplaneta.org.br/

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objetivos do milênio.

do site www.objetivosdomilenio.org.br

Em 2000, a ONU – Organização das Nações Unidas, ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no Brasil são chamados de 
8 Jeitos de Mudar o Mundo.


Juntos nós podemos mudar a nossa rua, a nossa comunidade, a nossa cidade, o nosso país.

A REDE BRASIL VOLUNTÁRIO, que congrega centros de voluntariado de todo o Brasil, consciente da importância desse projeto, criou este site para estimular debates e propiciar o conhecimento e o engajamento de todos os interessados em participar de ações, campanhas e projetos de voluntariado que colaborem com os ODM.

Aqui você encontra exemplos de como muitos já estão contribuindo para que o Brasil alcance esses objetivos. Para mais informações sobre os 8 Jeitos de Mudar o Mundo, entre em contato com o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento pelos sites www.pnud.org.br ou www.odmbrasil.org.br 


escolha uma imagem. e clique.
há um conteúdo diferente para cada uma.



























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especialista propõe novos objetivos do milênio pós-2015.


do Portal ODM, Acompanhamento Municipal dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

post original aqui

Países mais industrializados teriam desafios maiores

20.01.2011 | PNUD/ PrimaPágina
Especialista propõe novos Objetivos do Milênio pós-2015

Um novo conjunto de oito metas, que amplie o combate
à desigualdade social, promova a sustentabilidade ambiental
e inclua o enfrentamento a problemas que afetem países
ricos e pobres de forma mais igualitária e equilibrada.
É o que defende Olav Kjorven, diretor do Escritório
internacional do PNUD de Políticas para o Desenvolvimento,
em relação ao passo que deve ser dado após o término
do prazo para cumprimento dos
 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM),
que expira em 2015.
O especialista norueguês aponta o desequilíbrio
entre os desafios enfrentados por ricos e pobres
para que cada uma das metas sejam atingidas
como o maior problema do compromisso atual,
que, segundo ele, foca principalmente os chamados
países em desenvolvimento, dando a impressão
de que as nações mais industrializadas pouco
ou nada teriam a melhorar.
"Todos os países deveriam ser tratados da
mesma forma, com objetivos para cumprir
internamente e também com a responsabilidade
de oferecer ajuda e solidariedade a outros nas áreas
em que são referência", afirma o diretor do PNUD.
Todos os países ajudando uns aos outros
"Na realidade, antes mesmo da crise financeira,
as nações de renda média têm sido de vital importância
no comércio e na ajuda aos mais necessitados.
Então não é uma questão de ricos ajudando pobres,
e sim de todos ajudando uns aos outros", acrescenta.
Kjorven argumenta ainda que, enquanto o mundo
desenvolvido apresenta bom desempenho nos indicadores
relacionados à pobreza, podendo contribuir para que outros
países alcancem este status, ele têm desempenho fraco em
sustentabilidade. Portanto, seria adequado procurar o conselho
de outras nações que estabeleceram planos de desenvolvimento
que respeitam mais o meio ambiente.
Redução da desigualdade
O especialista norueguês acredita que, embora seja
possível identificar grandes progressos na redução
da pobreza, este é, muitas vezes, obtido à custa do aumento
da desigualdade social. Isso porque, segundo o diretor do
PNUD, é mais fácil trazer os "menos carentes" para
cima da linha da pobreza do que alcançar os
mais necessitados. "Não há incentivos para reduzir
a desigualdade, embora quase todos a reconheçam
como um fator fundamental por trás da pobreza e dos
conflitos", diz.
Já em relação à sustentabilidade, ele destaca a
preocupação com a taxa mundial de consumo
de recursos minerais, peixes e água e com as alterações
climáticas, pois "o nível atual de emissões de carbono
representa uma ameaça à estabilidade global e à redução da miséria".
Consumo sustentável
"Nosso consumo é insustentável e cada vez mais vai
contribuir para tensões, conflitos e injustiças.
E os países que estão engajados no sétimo
ODM [garantir a sustentabilidade ambiental]
são os que causam o menor dano,
enquanto os mais ricos, que consumem muito
mais por pessoa, têm escapado das metas", afirma.
Objetivos propostos
Ainda de acordo com Olav Kjorven, as oito
metas que ele propõe ainda estão em fase de
elaboração e são voltadas para as próximas
duas décadas - até 2030 -, de modo
a garantir condições habitáveis à crescente população mundial.
1. A primeira delas seria o corte de emissões
de gases de efeito estufa em 50%.
2. Já a segunda inclui uma série de medidas para aumentar
a produtividade e a resistência dos ecossistemas críticos:
expandir as áreas protegidas em terra e mar em,
respectivamente, 17% e 10%, e aumentar em 20%
as áreas agrícolas cultivadas de acordo com critérios de sustentabilidade.
3. O terceiro ODM seria reduzir o consumo de proteína animal
per capita em 20%, pois a substituição da carne por verduras,
grãos e frutas diminuiria a pressão sobre os sistemas de criação de animais.
4. O quarto compromisso diz respeito ao combate à pesca desenfreada,
garantindo a capacidade de renovação dos ecossistemas marinhos.
5. Implementar políticas para impulsionar a produção industrial,
reduzindo os desperdícios e minimizando a liberação de
produtos tóxicos em solos, águas e ar consiste no quinto objetivo.
6. O ODM número 6, por sua vez, seria alterar a carga fiscal
para reduzir a geração de resíduos e impedir o esgotamento do capital natural.
7. Já o sétimo compromisso pede o fortalecimento das regras
de transparência e das medidas anti-corrupção,
além do controle da especulação financeira.
8. Finalmente, a oitava das novas metas seria
garantir o cumprimento total dos oito ODM atuais
e fortalecer a luta global contra a pobreza.

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