24 de junho de 2012

sobre a rio+20.

só não esperava superficialidade e generalismo no documento final da rio+20 a pollyanna e quem não está acompanhando os debates nos últimos anos. a cúpula dos povos, porém, brilhou como a legítima herdeira da rio 92. mas como a história é algo que acontece só quando acontece e não antes, a ver que pasa.

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19 de junho de 2012

a palavra "consumo" no documento oficial da Rio+20 [na íntegra] [em português]

O Futuro que Queremos

-> Leia a íntegra do documento final “O Futuro que Queremos”, que será levado aos Chefes de Estado e de Governo no Segmento de Alto Nível  da Rio+20, que começa nesta quarta-feira, 20 de junho, no Riocentro. O documento de 49 páginas finalizado na madrugada desta terça-feira, 19, está disponível em inglês no site das Nações Unidas.. Leia mais no site da ONU Se quiser contribuir com alguma informação/ correção/ colaboração, só postar nos comentários.

Nossa Visão Comum 
-> destaquei abaixo apenas os trechos que mencionam a palavra "consumo". mas, obviamente, o texto todo tem a ver com o debate sobre consumo. apenas fiz o recorte das referências diretas. 
-> para ler online aqui [ TV Meio Ambiente ]

-> itens de 1 a 100 [ leia online aqui ]
...4. Reconhecemos que a erradicação da pobreza, a mudança insustentável e promover padrões sustentáveis de consumo e produção, e protecção e gestão da base de recursos naturais do desenvolvimento econômico e social são os objectivos fundamentais e requisitos essenciais para o desenvolvimento sustentável. Reafirmamos também a necessidade de se alcançar o desenvolvimento sustentável: a promoção sustentada, inclusiva e justa do crescimento económico, criando maiores oportunidades para todos, reduzindo as desigualdades, elevar os padrões básicos de vida, promoção do desenvolvimento social eqüitativo e inclusão, e promover a gestão integrada e sustentável dos recursos naturais recursos e dos ecossistemas que suportam nomeadamente económico, desenvolvimento social e humano, facilitando a conservação do ecossistema, regeneração e recuperação e resistência em face de novos desafios e emergentes.
... 58. Afirmamos que as políticas de economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável ea erradicação da pobreza deve:
...(O) promover o consumo sustentável e os padrões de produção e
(P) prosseguir os esforços para se esforçam para, inclusive, o desenvolvimento eqüitativo aproxima-se para superar a pobreza ea desigualdade.
... 61. Reconhecemos que a ação urgente dos padrões insustentáveis de produção e consumo onde ocorrem continua a ser fundamental na abordagem da sustentabilidade ambiental e promoção da conservação e uso sustentável da biodiversidade e dos ecossistemas, recursos de regeneração ofnatural, ea promoção do sustentada, inclusiva e justa do crescimento global.

-> itens de 101 a 200 [ leia online aqui ]
[ não localizei nenhuma palavra "consumo" nesse trecho.]


-> itens de 201 até o fim [leia online aqui ]
...222. Reconhecemos que a eliminação das substâncias que empobrecem a camada de ozono (ODS) está resultando em um rápido aumento no uso e liberação de altos hidrofluorcarbonos potencial de aquecimento global (HFCs) para o meio ambiente. Apoiamos a eliminação gradual para baixo-no consumo e na produção de HFCs.
223. Reconhecemos que o desenvolvimento sustentável e adequado financiamento de longo prazo elemento chave isa para a boa gestão dos produtos químicos e resíduos, em particular nos países em desenvolvimento. Neste contexto, congratulamo-nos com o processo de consulta sobre opções de financiamento para produtos químicos e resíduos, iniciou a considerar a necessidade de esforços intensificados para aumentar a prioridade política atribuída à boa gestão dos produtos químicos e de resíduos ea necessidade crescente para o desenvolvimento sustentável, previsível, adequado e acessível financiamento para os produtos químicos e agenda de resíduos. Estamos ansiosos para as próximas propostas pelo Diretor Executivo do PNUMA, que será considerado pela Conferência Internacional sobre Gestão de Substâncias Químicas e 27 ª sessão do Conselho de Administração do PNUMA.
Consumo e produção sustentáveis
224. Recordamos os compromissos assumidos na Declaração do Rio, a Agenda 21 ea JPOI sobre consumo e produção sustentáveis e, em particular, o pedido no capítulo 3 de JPOI, para incentivar e promover o desenvolvimento de um Programa-Quadro de 10 anos (10YFP). Reconhecemos que mudanças fundamentais na forma como as sociedades consumir e produzir são indispensáveis para alcançar o desenvolvimento sustentável global.
225. Países reafirmar os compromissos que assumiram para eliminar progressivamente nocivos e ineficientes subsídios aos combustíveis fósseis que encorajam o consumo perdulário e comprometem o desenvolvimento sustentável. Convidamos a todos para considerar a racionalização ineficientes subsídios aos combustíveis fósseis, removendo as distorções de mercado, incluindo a tributação de reestruturação e eliminação de subsídios prejudiciais, onde existem, de modo a reflectir os seus impactos ambientais, com tais políticas, tendo plenamente em conta as necessidades e condições específicas dos países em desenvolvimento, com o objetivo de minimizar os possíveis impactos adversos ao seu desenvolvimento e de uma forma que protege os pobres e as comunidades afetadas.

226. Adotamos o quadro de 10 anos de programas (10YFP) on sustainable consumo e de produção (SCP), como consta do documento A. / Conf / XX e destaca que os programas incluídos nos 10YFP são voluntárias Convidamos a Assembléia Geral das Nações Unidas em sua Sessão 67 para designar um organismo das Nações Unidas Estado-Membro a tomar as medidas necessárias para operacionalizar plenamente o quadro.
Mineração




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16 de junho de 2012

SUPER DEBATE. é a conferência rio. mas não como nós a conhecemos.

essa ilustração é uma matéria do planeta sustentável aqui

vi duas palestras do professor tim jackson sobre esse mote do então recém-lançado livro "prosperidade sem crescimento". de graça. no meio universitário. sem afetação. sem esse clima do tipo: "você tem a fórmula mágica, todos os governos estão errados etc..." como foi em território gringo, também não tinha esse clima "uau, eles estão mais avançados que nós". paciência zero pra essa começão de milho na mão de quem destruiu suas próprias florestas e tem feito o mesmo com o estado social. não é ufanismo, mas sucks. é ótimo que mais gente no brasil tenha a oportunidade de ouvir/debater ao vivo com idéias e tanta gente que nunca apareceram/ aparecem por aqui. tem muito dever de casa para fazer. mas né? menos. o brasil não é o mesmo país - embora ainda esteja longe de ser plenamente o que o seu povo e a sua biodiversidade merecem e precisam - que respondia à pressão internacional criando ministério do meio ambiente e, de certa forma, fazendo a eco 92. amazônia, serra pelada e cubatão já não fazem rodízio nas manchetes diárias no jornal nacional. tanto a pauta da economia quanto a pauta ambiental só estão colando por aqui por que o vai-e-vem da geopolítica mundial está colocando os holofotes nos chamados emergentes, brics e afins. a preocupação dos mais ricos é como dar conta do crescimento das potenciais potências, mercado que interessa, sem tirar do seu saquinho de moedas de ouro, como a polêmica sobre a contrapartida entre países pobres e ricos em relação às emissões deixa antever. o "sustentável" aí tem mais a ver com a economia, embora a embalagem dos argumentos seja a floresta e, em última instância, sem floresta não tenha é nada. 
um dos símbolos desse debate por uma economia mais sustentável (palavrinha inspiradora mas que, infelizmente, ninguém agüenta mais), tem sido o robin hood tax.  essa volta do robin hood traz as duas coisas: a floresta e a economia. por isso serve tão bem à causa. mas daí a eleger algumas vozes e cérebros como o robin hood da vez vai uma distância. óbvio que o debate ambiental (assim como o movimento e todos os seus derivados verdes) amadureceu e muito, não só no país, mas no mundo todo. ganhou espaço, respeito, força, autoridade. e, sim, sair da comunidade hippie para pensar com os banqueiros pode ser considerado um avanço. prosperidade sem crescimento é uma bandeira que é hasteada por pesquisadores, ativistas e vem ganhando espaços nos governos, ao menos espaço de palestra em conferência. mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. mesmo que tenha mudado o tom de verde, a causa continua (tem que continuar) sendo ambiental. a causa não é econômica only. até por que econômica only não existe, pelo menos desde georgescu-roegen, dizem. aposto com otimismo na conversa entre consumo e meio ambiente, sobretudo em um planeta mais quente - ou não estaria tentando conhecer, estudar, pesquisar sobre o assunto -, mas quando o papo se resume a uma discussão sobre dividir o consumo entre consciente e inconsciente e/ou onde colocar o dinheiro, tem alguma coisa errada. o debate destes dias tem girado em torno da gaveta onde o dinheiro "verde" (dólares) deve ser aplicado e, mais uma vez, a voz dos países em desenvolvimento some em meio aos gritos das bolsas de valores dos países desenvolvidos e/ou engrossa o coro, com intermediários de todas os timbres (governos, gestores, ativistas, empresas, ONGs, pesquisadores...) 
apesar de ter chegado mais junto no coração e na mente das pessoas, o debate ambiental continua discursando dentro da floresta. novos "fora-da-lei" chegam todos os dias, embora hoje em dia nada seja mais mainstream que ser green. só que estão pintando de verde o debate econômico e chamando isso de crítica ambientalista. a participação expressiva do setor privado e a ausência de líderes políticos importantes é uma foto da rio+20 que diz bastante. e olha que eu não me reconheço no rótulo de ambientalista, como diz aquele ótimo artigo da lisa curtis, "não me chame de ambientalista", que traduzi aqui. meu professor da UnB postou ontem um comentário super pertinente no facebook sobre o tema. reproduzo abaixo. foi um comentário não só sobre a badalação em torno do tim jackson (ele postou junto com o link da matéria do valor econômico), mas também em torno das tintas dessa conversa toda. o andré trigueiro postou outro dia que muita coisa tinha mudado entre os dois crachás dele: o usado pelo jovem repórter na cobertura da eco 92 e o crachá novinho em folha, do hoje experiente comentarista, na rio+20. certamente, a quantidade de robin hood saindo da floresta de davos e dos laboratórios de inovação tecnológica e criatividade é uma dessas mudanças às quais ele se refere.
claro, viva a rio+20: ruim com ela, pior sem ela (acho). a esperança é a última que mata, frase famosa do millôr. e a história é uma dinâmica que se configura no curso do tempo, como disse o norbert elias: não faz sentido determinar, a priori, o sentido da história. vou passar por lá na semana que vem. mas sem euforia. até robin hood deve estar meio passado com a tarefa de salvamento que lhe cabe.

"Quando não é a criatividade, é a economia verde. Novos intelectuais e intermediários nesta luta simbólica em torno da definição do desenvolvimento, a peleja cada vez mais acentuada. A Conferência Rio+20 é um entre tantos capítulos na dinâmica histórica que se vai desenhando. Desmontar consensos na tentiva de instaurar outros. Fico pensando se à altura em que estamos muito do que se fala a respeito de crescimento econômico e afins já tem seu sentido e sua eficácia simbólica bem comprometidos. Países ricos e emergentes querem dizer o que finalmente."


Professor Edson Farias - Sociologia, UnB. #Fb






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novos baianos. mistério do planeta.

"o tríplice mistério do stop":
nascer, crescer, morrer.




Mistério do Planeta

Os Novos Baianos

Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso,
Jogando meu corpo no mundo,
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas,
Passado, presente,
Participo sendo o mistério do planeta
O tríplice mistério do "stop"
Que eu passo por e sendo ele
No que fica em cada um,
No que sigo o meu caminho
E no ar que fez e assistiu
Abra um parênteses, não esqueça
Que independente disso
Eu não passo de um malandro,
De um moleque do brasil
Que peço e dou esmolas,
Mas ando e penso sempre com mais de um,
Por isso ninguém vê minha sacola


"Mistério do Planeta" - vídeo extraído do filme Novos Baianos Futebol Clube, dirigido por Solano Ribeiro e gravado em 1973 no sítio Cantinho do Vovô, em Jacarepaguá. No Youtube compõe a "trilogia NBFC", ao lado dos vídeos "Samba da Minha Terra" e "Alunte". Câmera na mão - take único e sem cortes - em sintonia com o humor oscilante e malandragem de Paulinho Boca, um típico novo baiano que se joga "nu" mundo. Yoga de ouvido, Moraes concentrado ao violão. Pepeu mil anos luz segue à frente da guitarra. Jorginho, menino arisco, mostra que já conhece os atalhos da batera. 

Dadi, leãozinho Caeveloso, arrepia no baixo. Galvão na letra e poesia. Novos Baianos - vocal: Paulinho Boca de Cantor; violão: Moraes Moreira; guitarra: Pepeu Gomes; baixo: Dadi, batera: Jorginho Gomes. De fora: Baby Consuelo, Baixinho, Bola, Charli, Gato Félix e Galvão.

Completam a "trilogia NBFC" os vídeos "Alunte" (destaques Baby e Pepeu)http://br.youtube.com/watch?v=-X_Al_TLOFE e "Samba da Minha Terra" (destaques Moraes e Pepeu)http://br.youtube.com/watch?v=uUyBkJfU6OIAssista também o início do documentário:Brasil Pandeirohttp://br.youtube.com/watch?v=aKXCy2WLTnM

"Mistério do Planeta" é uma canção escrita por Luiz Galvão e Moraes Moreira, interpretada pelo grupo musical brasileiro Novos Baianos, e lançada no ano de 1972 no álbum Acabou Chorare pela gravadora Som LivreA interpretação vocal da canção é feita por Paulinho Boca de Cantor. Os arranjos de introdução, e demais arranjos no decorrer da canção são de Moraes Moreira e Pepeu Gomes. O solo de guitarra de Pepeu Gomes nesta canção é considerado um dos mais memoráveis. A banda de apoio A Cor do Somcomplementaa canção com percussão e baixo. Luiz Galvão, letrista da canção, cita vários trechos se referindo à coisas que faziam parte do mundo dos Novos Baianos. Desde o efeito de ação e reação, nos versos "que pela lei natural dos encontros, eu deixo e recebo um tanto". "O tríplice mistério do stop" corresponde às três fases da vida do ser humano, ao nascer, crescer e morrer. No verso seguinte, "que eu passo por e sendo ele no que fica em cada um", reforça a teoria de que todos os seres humanos passam por esta fase. O 'stop' seria o fim da vida. Galvão faz referência também ao seu segundo modo de pensar nos versos "mas ando e penso sempre com mais de um, por isso ninguém vê minha sacola" , ou seu segundo cérebro, que guarda na sacola, ou seja, suas experiências particulares, as quais estimularam-no a ter uma visão alternativa do mundo e das coisas. (wikipedia)  


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11 de junho de 2012

"vila parisi". 1981. cubatão.




"vila parisi" [1981] - 7'03"

vídeo do prof. thomaz wood jr


"Em 1957, uma área da Zona Industrial de Cubatão foi loteada, dando origem ao bairro de Vila Parisi. No início da década de 1980, a região ficou mundialmente famosa pelos problemas de poluição e pelas doenças congênitas que surgiram em sua população. As imagens deste filme foram registradas em película Super-8, durante o ano de 1981". 


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9 de junho de 2012

* SUPER DEBATE * Consumo Sustentável: pensando com o brasileiro.


O Ministério do Meio Ambiente perguntou mais uma vez “O que o brasileiro pensa…”?, (veja o relatório aqui). A edição 2012 atualizou a série de pesquisas que começou no anos 1990 e se tornou referência no debate sobre consumo e meio ambiente. Vinte anos depois, ainda é o único levantamento que se volta para o Brasil. Ao longo dessas duas décadas que separam a primeira versão e a apresentada agora, outros índices começaram a circular.


A ampliação do acesso aos bens de consumo e o agravamento da crise climática explicam o interesse recente – econômico, destacadamente -, que também vem gerando estudos de institutos de pesquisa, empresas, organizações independentes, universidades. Toda análise é bem vinda para ajudar a compreender o horizonte de transformações e desafios, mas aprimorar o estudo “O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável” deveria ser meta do Ministério, sejam quais forem o/a ministro/a  e  o/a presidente/a nos cargos, pela importância dos índices exclusivos da sua linha do tempo e da dimensão macro. Confesso que fiquei surpresa (e desconfiada) dos números otimistas quanto à percepção sobre a Rio+20 no início desse ano. Mas foram 2,2 mil entrevistas domiciliares, nas cinco regiões brasileiras, em áreas urbanas e rurais, certo? 


A iniciativa pioneira da pesquisa foi à campo entre dezembro de 1991 e janeiro de 1992, momento em que, bem diferente de hoje, “verde” não estava na moda. Em um artigo publicado em 2005, Samyra Crespo, responsável pelo estudo, lembra daquele contexto adverso que antecedeu e constituiu a realização do trabalho inédito:


(…) Naqueles anos de regime politico autoritário não havia pesquisa de opinião pública, até porque opinião pública era uma coisa que não se devia estimular. Naqueles tempos difíceis, os institutos de pesquisa sobreviveram fazendo pesquisas sobre marcas de sabão em pó.


Às vésperas da Rio 92 (…) fui procurar as pesquisas disponíveis, pois estava interessada em saber o que os brasileiros que iriam ser anfitriões (…) pensavam sobre ecologia.


O meu garimpo nos vários institutos de pesquisa de opinião privados e nos pouocs existentes nas universidades me levou à óbvia conclusão de que o assunto não tinha ainda despertado o interesse das ciências sociais nem dos governos democráticos, tampouco das instituições que têm em tese a missão de proteger o meio ambiente (…)


À época, a pesquisadora Samyra estava vinculada ao Iser, Instituto de Estudos de Religião, mas desde 2008 é Secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental no governo federal.


Embora as motivações políticas, com a proximidade da Rio+20, certamente tenham sido decisivas na encomenda e na repercussão dos resultados, chama a atenção a  continuidade de uma ação, no âmbito da gestão pública ambiental, que nasceu na sociedade civil. Continuidade não é o forte das políticas públicas, muito menos as ambientais. O próprio Ministério do Meio Ambiente, até se estabilizar como tal, mudou de status, de nome, alterou seu organograma diversas vezes e, entre a defesa da floresta e da biodiversidade, precisa defender sua própria pasta.


Certamente, a figura de Samyra Crespo é chave nessa passagem da pesquisa, mas não só. De modo geral, a série histórica vem demonstrando, entre outras conclusões, que há boa vontade crescente do brasileiro com a atribuição de valor mercadológico ao tema do meio ambiente. Isso se revela de modo emblemático nos índices referentes ao consumo de produtos orgânicos, produtos fabricados de maneira ecologicamente correta e à reciclagem. Em 2012, 48% afirmou reciclar, quando 52% da população ainda não recicla, em grande parte pela ausência desse sistema de tratamento de resíduos. A despeito da falta de estrutura para tal, a disposição para reciclar só aumentou, comparando com as edições de 2001 (68%), 2006 (78%) e 2012 (86%).


Evidentemente, o setor produtivo está de olho na tendência positiva, a qual vem acompanhando de bem perto:
*  parte da pesquisa contou com a colaboração de técnicos das empresas Pepsico, Walmart e Unilever;
* após a coletiva de imprensa em que apresentou o estudo, a ministra Izabella Teixeira participou do encontro “Diálogos pela sustentabilidade”, realizado em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), para conversar sobre competitividade e meio ambiente, cadeias produtivas, boas práticas no setor privado, entre outros assuntos afins.


O que atribui destaque a pesquisas como essa, portanto, também é a sua competência para ajudar a consolidar novos padrões de produção e consumo com lucro. Outros levantamentos divulgados em torno da Conferência das Nações Unidas, que acontece neste mês de junho, sinalizam para uma atenção nunca vista das grandes corporações ao tema.  No contraponto com a Rio 92, a atual centralidade da chamada economia verde seria a grande diferença entre elas. Green virou mainstream.


Para quem a cor do dinheiro é crucial (mesmo quando é dinheiro invisível, fluído, no mercado global de capitais), o eixo de diálogo sobre a sustentabilidade tem se colocado, cada vez mais, em termos de consumo. E o interlocutor desse debate  tem sido “o” consumidor.


Foi pensando nisso que eu me lembrei de Raymond Williams. O britânico Raymond Williams é/foi – nunca sei como me referir a um autor que já morreu, mas continua mais atual do que nunca - um famoso – ao menos, no meio acadêmico – crítico literário e da cultura. OK. E o que ele tem a ver com tudo isso? Williams e sua obra se tornaram clássicos, em função da linha de pesquisa que se fortaleceu em torno da sua figura, os estudos culturais. Lembrei particularmente de um texto seu que, até onde sei, foi editado apenas no ano passado por aqui: “Publicidade: um sistema mágico”.


No texto, escrito nos anos 1960, Williams comenta que a popularidade do termo “consumidor”, como um modo de descrever o membro ordinário da moderna sociedade capitalista, é muito significante. A expressão teria se espalhado de modo tão rápido que se tornou comum, quando tal uso, na sua opinião, deveria ser repugnante. Sua crítica é para a redução humana ao termo de vendas.


Na fantasia econômica, alerta ele, as escolhas são realizadas pelas corporações, mas são abordadas – sobretudo pela publicidade – como escolhas individuais, a “sua” escolha, celebrando a circulação de mercadorias enquanto “escolhas das pessoas”. Nessa atmosfera, grandes decisões são tomadas.


A realização de pesquisas integradas à gestão pública, sobretudo no que se refere ao consumo enquanto questão ambiental, pode ser uma estratégia para ajudar a reduzir um pouco esse inevitável abismo na tomada das grandes decisões, mesmo numa democracia. Daí a importância da pesquisa “O que o brasileiro pensa…”. Para que esse instrumento ajude a pensar com o brasileiro, porém, não se pode ignorar as tensões que parecem apaziguadas sob a expressão “consumo sustentável” – um conceito que aposta na difícil sintonia (inviável, para alguns) entre interesses econômicos, ambientais e sociais.

por @josipaz

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6 de junho de 2012

o que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável?

para ver a pesquisa clique aqui


samyra crespo é, desde 2008, parte do ministério do meio ambiente, como secretária de articulação institucional e cidadania ambiental. mas em 92, pelo iser, já em parceria com o ministério, ela foi a responsável pela realização da pesquisa inédita que perguntou ao brasileiro o que ele pensa sobre o tema ambiental. outras edições aconteceram em 1997, 2001 e 2006. [veja a síntese de 2001 aquihá um artigo sobre essa pesquisa na meio ambiente no século 21livro organizado pelo andré trigueiro em 2005. como o assunto "bombou", outros índices começaram a surgir [por exemplo estes]. mesmo que outros números devam ser levados em conta, os números divulgados hoje falam de perto com o brasileiro sobre uma questão do tamanho do mundo. a edição 2012 dessa série histórica é beeeem otimista. entre "ouvir falar em desenvolvimento sustentável" e saber o que é ou como afeta sua vida e a dos outros existe um abiiiiismo. seria necessário entender como a abordagem foi feita. ainda assim, certamente a nova edição aponta para aquela sensação que a gente tem: green está cada vez mais rimando com mainstream. o desafio é tornar essa maior visibilidade recentíssima do tema algo que se concretize em mudanças e ajustes de rumo. vale observar que a pesquisa de 92 - na verdade, realizada entre dezembro de 1991 e janeiro de 1992 - falava de "ecologia" e essa aborda direto o tema do "consumo sustentável". "como será o amanhã? responda quem puder..." bom, vou concentrar neste post as repercussões sobre a pesquisa e atualizar sempre. confira no rodapé. 


tweets do @mmeioambiente postados na manhã de hoje.

"O q o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável"


Realizada pela primeira vez em 1992,a pesquisa mostra uma evolução significativa na consciência ambiental dos brasileiros nos últimos 20anos


Conceitos como desenvolvimento e consumo sustentáveis, e biodiversidade já fazem parte do repertório d quase metade da pop. brasileira (47%)


Em 92, 47% dizia ñ haver problema amb. no BR ou ñ sabia opinar. Esse n. caiu p/ 11%,demonstrando aumento da preocupação do BR c/ meio amb.


48% da pop diz q separa o lixo e 52% ainda não, mas 86% aponta essa atitude como forma de ajudar a proteger o meio ambiente


23% diz entender o conceito d empresa cidadã, reconhecendo a não agressão ao meio ambiente (24%) como um dos valores a serem respeitados


57% se diz + ou - informado sobre meio ambiente e muito bem informado apenas 13%. TV é o 1o. canal de informação (83%) e depois web (29,5%).


"A pesquisa é um instrumento de gestão importantíssimo p/ ver como dialogam as políticas púb com a percepção do brasileiro", diz ministra


O lixo era uma preocupação para apenas 4% da pop em 1992. Esse número subiu para 28% em 2012.


"É uma grata surpresa saber q alguns conceitos já estão internalizados pelo brasileiro, como áreas protegidas e biodiversidade",diz Izabella


Após Rio+20,MMA começa mobilizar estados e municípios p/4a. Conferência Nacional em 2013 q pretende dialogar sobre gestão d resíduos sólidos


47% sabe o q é desenvolv. sustentável,mas 69% ainda entende como preservação dos rec. naturais e apenas 29%como meio amb.,pessoas e economia


Cresce preocupação dos brasileiros com o meio ambiente, mostra pesquisa

06/06/2012 - 10h07
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Aproximadamente 13% dos brasileiros dizem ter preocupação com o meio ambiente, segundo pesquisa divulgada hoje (6) pelo Ministério do Meio Ambiente. O percentual é mais do que o dobro do registrado há seis anos (6%).
De acordo com o levantamento, o meio ambiente está em sexto lugar na lista de preocupações dos brasileiros, ficando atrás de saúde/hospitais (81%), violência/criminalidade (65%), desemprego (34%), educação (32%) e políticos (23%). Há seis anos, o meio ambiente aparecia na 12ª colocação, à frente apenas de reforma agrária e dívida externa. Em 1992, ano da primeira pesquisa, o tema era sequer citado.
"Isso é resultado de um maior acesso à informação. Mas o meio ambiente também é visto como problema, e não como uma oportunidade", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
O principal problema ambiental citado pelos brasileiros é, desde a primeira pesquisa, o desmatamento de florestas (neste ano, com 67%). Outros principais problemas são a poluição de rios e lagoas (47%), a poluição do ar (36%), o aumento do volume do lixo (28%), o desperdício de água (10%), a camada de ozônio (9%) e mudanças do clima (6%).
Também são citados como problemas: extinção de animais/plantas (6%), falta de saneamento (3%), poluição por fertilizantes (3%), consumo exagerado de sacolas plásticas (3%) e falta de conscientização ambiental da população (2%).
A pesquisa mostrou, no entanto, que as belezas naturais são o principal motivo de orgulho para os brasileiros. Aproximadamente 28% das pessoas dizem que o meio ambiente brasileiro é motivo de orgulho, à frente do desenvolvimento econômico (22%), das características da população (20%), do pacifismo (13%), da cultura (6%) e da qualidade de vida (1%).
Edição: Juliana Andrade

22% da população brasileira sabe o que é Rio+20

Uma pesquisa divulgada na manhã desta quarta-feira pelo Ministério do Meio Ambiente apontou que 22% da população brasileira sabe o que é Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável). O evento acontece de 20 a 22 de junho, no Riocentro, zona oeste do Rio.
De acordo com o levantamento, 22% equivale a cerca de 40 milhões de pessoas – do total de 190 milhões de brasileiros. Ainda segundo a pesquisa, 78%, ou 150 milhões de pessoas, desconhecem a conferência.
Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esse índice não é baixo, quando comparado a Eco92 ou Rio92, que há 20 anos discutiu medidas para frear o aquecimento global, como o Protocolo de Kyoto.
“Se você for projetar numa amostra que representa a sociedade brasileira nós temos em cada 100 brasileiros, 22%, quase um quarto sabe [da conferência]. Esse índice é muito bom, não é baixo”, disse.
A pesquisa foi realizada em abril deste ano com 2.201 pessoas acima de 16 anos, nas cinco regiões do Brasil. Em 1992, 3% da população tinha conhecimento sobre a Eco92.
O levantamento também mostra que aproximadamente 13% dos brasileiros dizem ter preocupação com o meio ambiente. O percentual é mais do que o dobro do registrado há seis anos (6%).
Ainda segundo a pesquisa, o meio ambiente está em sexto lugar na lista de preocupações dos brasileiros, ficando atrás de saúde/hospitais (81%), violência/criminalidade (65%), desemprego (34%), educação (32%) e políticos (23%).
Há seis anos, o meio ambiente aparecia na 12ª colocação, à frente apenas de reforma agrária e dívida externa. No ano da Eco 92, o tema sequer foi citado na pesquisa. (Fonte: Folha.com)

Preocupação com ambiente cresce mas não é prioridade, diz pesquisa

06 de junho de 2012 | 16h 21
Os brasileiros estão mais preocupados com o meio ambiente, mas o tema ainda não é uma prioridade, segundo pesquisa do Ministério do Meio Ambiente divulgada nesta quarta-feira, que apontou também que apenas 22 por cento dos brasileiros ouviram falar da Rio+20, Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, que o país sedia a partir da semana que vem.
O meio ambiente está em sexto lugar na lista dos principais problemas citados pela população brasileira, segundo o levantamento apresentado pela ministra Izabella Teixeira no Rio.
Do total de entrevistados, 13 por cento apontaram o tema no levantamento atual, contra 6 por cento em 2006, 5 por cento em 1997 e nenhuma citação em 1992, ano em que o país sediou a conferência ambiental Eco92.
A pesquisa, "O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável", ouviu 2.201 pessoas de todas as regiões, de diferentes níveis de escolaridades e renda.
De acordo com o levantamento, o meio ambiente fica atrás na lista de preocupações de temas como saúde/hospitais (81 por cento), violência/criminalidade (65 por cento), desemprego (34 por cento), educação (32 por cento) e políticos (23 por cento).
Há seis anos, o meio ambiente aparecia na 12a posição, à frente apenas de reforma agrária e dívida externa.
"Os resultados são bastante expressivos. Em 1992, o meio ambiente sequer aparecia na lista de prioridades para o brasileiro", disse Izabella a jornalistas. "Isso é resultado de um maior acesso à informação. Mas o meio ambiente também é visto como problema, e não como uma oportunidade."
Apesar da comemoração pelo resultado, 11 por cento dos brasileiros disseram não haver problema ambiental no país. Esse percentual é menor que o observado em 1992, quando chegou a 47 por cento.
Os problemas ambientais mais citados na pesquisa são desmatamento (67 por cento) e poluição dos rios, lagos e outras fontes de água (47 por cento).
RIO+20 E SUSTENTABILIDADE
Sobre a Rio+20, 20 por cento dos entrevistados disseram saber o que é o evento. Outros 22 por cento disseram já ter ouvido falar da reunião, sendo que 89 por cento dos que têm conhecimento da conferência acham que a Rio+20 "vai mudar a maneira como nós usamos os recursos naturais".
Apesar de 78 por cento dos brasileiros não saberem o que é Rio+20, Izabella disse que o percentual de 22 por cento dos que já ouviram falar da conferência é um número expressivo.
Na época da Eco92, apenas 3 por cento sabiam o que era aquele evento.
"É bastante expressivo que 22 por cento saibam que vai acontecer a conferência. Considerando que estamos falando de todo o Brasil", avaliou a ministra.
"Acho o número muito bom. E evoluiu em relação à pesquisa feita há três meses (por entidades ambientais, que mostrou que apenas 17 por cento sabiam o que era a Rio+20)", afirmou.
Outra constatação do levantamento foi a de que um em cada três brasileiros diz saber o que é consumo sustentável. Entre aqueles que disseram saber o que é sustentabilidade, 54 por cento afirmaram se tratar de consumir produtos que não agridam o meio ambiente, nem a saúde humana.
Um terço acha que significa evitar desperdício de água e energia, 9 por cento acreditam que se trata de consumir produtos que façam bem à saúde e 3 por cento, que seja comprar produtos mais baratos.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier) 



No Brasil, quase ninguém sabe o que é a Rio+20
[ essa foi dica da larissa]


Conferência ambiental é assunto desconhecido

A uma semana da Rio%2b20, pesquisa mostra que 78% da população não sabe do que se trata o evento. MMA considera índice normal
PAULA FILIZOLA - Correio, 7 junho 2012

A pesquisa "O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável", divulgada ontem no Rio de Janeiro pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, revelou que 78% da população não têm conhecimento sobre a Conferência Rio+20, que reunirá líderes mundiais entre 13 e 22 de junho na cidade. Dos 22% que afirmam ter ouvido algo sobre a realização do evento, 89% lembram somente do vínculo ambiental. Cerca de 6% afirmaram que a reunião tratará da crise econômica da América Latina, enquanto 5% arriscaram que a Rio+20 vai celebrar os 20 anos de vitória do combate à fome na África.
Realizada pelo Instituto CP2 de Belo Horizonte, em parceria o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a pesquisa entrevistou 2.201 brasileiros, acima de 16 anos, nas cinco regiões. O levantamento foi feito entre 15 e 30 de maio deste ano. Na avaliação do ministério, o percentual de pessoas informadas ainda representa um índice alto, levando em consideração que é uma conferência mundial com temas específicos e que não são de caráter popular. O levantamento do MMA revelou outras faces do baixo conhecimento ambiental dos brasileiros. Mais da metade dos entrevistados não tem ideia do que seja desenvolvimento ou consumo sustentável (veja quadro).
Cerca de 52% da população não separa resíduos para reciclagem. Ainda assim, o lixo é uma preocupação de mais de 29% dos entrevistados. Porém, somente 13% dos indagados assumiram estar muito bem ou bem informados sobre assuntos relativos ao meio ambiente e ecologia. Deste total, 83% disseram buscar informações na televisão, enquanto 29,5% procuram conhecimento na internet e em jornais.
Gustavo Souto Maior, professor do Núcleo de Estudos Ambientais da Universidade de Brasília (UnB), acredita que o governo federal não informa a população de forma eficiente. Ele, inclusive, classifica o Brasil como atrasado neste debate. "Por aqui, o executivo anuncia queda no IPI para aumentar a venda de carros novos. Já na Europa, o governo britânico está diminuindo a largura das ruas e aumentando as ciclovias. No resto do mundo, o uso de carros é cerceado. Enquanto o exemplo não vier das autoridades, a postura não vai mudar", critica.
Alguns pontos da pesquisa são comparativos com o mesmo estudo realizado em 1992. Na ocasião, 46% dos brasileiros indicavam o desmatamento como o principal problema ambiental no país. Vinte anos depois, a opção ainda ocupa o primeiro lugar na avaliação. Na opinião do ministério, houve uma evolução significativa na consciência com o meio ambiente. De acordo com o levantamento, 65% dos brasileiros elencaram a sobrevivência do planeta como fator principal, quando se pensa na proteção do meio ambiente. Em seguida, 15% da população acredita que é preciso cuidar do meio para garantir um futuro melhor. Somente 1% dos entrevistados lembrou da responsabilidade socioambiental.
Plástico
Apesar de ter demonstrado que a população tem pouco conhecimento sobre o tema, a pesquisa do MMA revelou que 85% dos brasileiros estão dispostos a aderir a uma campanha para reduzir o consumo de sacolas plásticas e 35% afirmam que, em suas cidades, já existem iniciativas neste sentido. Contudo, 58% confessam não ter o hábito de levar a própria sacola ou carrinho ao supermercado.
Atualmente, há muitos projetos de lei, em âmbito municipal ou estadual, para proibir o uso das sacolas, que demoram mais de 100 anos para se decompor no meio ambiente. No Congresso Nacional, o PLS 322/2011, do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), pretende impedir — em todo o país — a utilização, a fabricação, a importação, a comercialização e a distribuição. A proposta aguarda, desde 2011, designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.
"No resto do mundo, o uso de carros é cerceado. Enquanto o exemplo não vier das autoridades, a postura não vai mudar"
Gustavo Souto Maior, especialista da UnB
Conhecimento verde
O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável
A pesquisa aponta uma evolução na consciência da população. Em 1992, primeiro ano do estudo,
46% pessoas não sabiam mencionar um problema ambiental na cidade onde moravam. Atualmente,
esse número caiu para 10%. Confira outros dados:
»  53% da população brasileira não conhece o significado do conceito "desenvolvimento sustentável"
»  66% dos brasileiros desconhecem o que é "consumo sustentável"
»  44% das pessoas no país não sabem o que é uma área protegida
»  Metade dos brasileiros não tem conhecimento ou já ouviu falar sobre a destruição da biodiversidade.
Principais problemas
Para 67% dos brasileiros, o principal problema ambiental do país hoje é o desmatamento.
Em segundo lugar está a poluição de lagos, rios e outras fontes.
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