1 de abril de 2011

nem todo produto “verde” é ecologicamente correto.


revista galileu, 1/ 4/ 2011


Uma equipe de pesquisadores jogou um balde de água fria sobre os consumidores que buscam cada vez mais os produtos “verdes’, ou ecologigcamente corretos, ao afirmar que os ingredientes destes produtos podem ter origem em uma surpreendente fonte: o petróleo.

Em um estudo apresentado nesta semana no 241º encontro da Sociedade Americana de Química, a cientista Cara Bondi descreveu sua análise de mais de uma dúzia de produtos de limpeza de louças e roupas, além de líquidos de higiene pessoal.

Sem definições legais para produtos com desenvolvimento sustentável, natural ou renovável, Cara Bondi e seus colegas usaram um indicador incontestável cientificamente:

- Onde é que o carbono destes produtos se originam?
- Será que vem das plantas ou de produtos petroquímicos produzidos sinteticamente a partir do petróleo?

Para responder a essa pergunta, a equipe de Bondi buscou uma variação da famosa técnica de datação por carbono 14 – utilizado para a análise de carbono em fósseis, tecidos e outros artefatos.

Os produtos testados, vendidos como “verdes” no mercado dos Estados Unidos, tinham muito menos de 50% do carbono derivado de fontes naturais. Alguns apresentaram somente 28% do carbono com origem orgânica. Cara Bondi afirma que em um dos casos mais notáveis, um produto que era vendido como “livre de petróleo” continha 31% de carbono gerado a partir desta fonte.

“Nem todo o carbono é criado igual. O carbono proveniente do petróleo não é um recurso renovável. Ninguém contesta que precisamos usar menos petróleo, e os produtos de consumo diário não podem ser exceção”, afirma Bondi.


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