18 de agosto de 2011

valeu, vik.


já tinha visto os traillers, acompanhei a angústia do oscar e toda a baladação em torno da exposição no rio. mas não tinha visto lixo extraordinário, documentário que conta uma experiência linda do vik muniz. no final do post, tem uma das minhas imagens favoritas, entre as muitas incríveis da série, produzida a partir do que foi vivido no aterro de jardim gramacho com os "catadores de material reciclável". quem não viu o filme, não vai ver nada aí nessas imagens abaixo. que bom que aconteceu a exposição do espaço ecco em brasília - e que recebi a dica extraordinária pra ir até lá conferir. tô passando adiante agora. as histórias de vida que são apresentadas no filme tornam o trabalho do artista a coisa menos interessante. a uma certa altura, tanto faz quem é vik muniz e o que ele foi fazer em gramacho. bom, na verdade, todo o processo é que é a obra. a descoberta da força e da beleza daquelas pessoas - descoberta feita por quem assiste, pelo artista, por elas mesmas - é que não vai deixar seu olho desgrudar por um segundo. no meu caso, olho cheio d'agua o tempo todo. pelo snif, snif na sala, não tava sozinha nessa. menos no começo. o começo é chatinho, com jô soares (entendo, mas não apoio) e um papo de 'querida, vou viajar a trabalho, olha aqui na internet onde eu vou passar os próximos dois anos' etc... porém, aos poucos.. o filme vai mostrando caminhões de coisas sendo despejadas. e aí o 'extraordinário' acontece. o que é despejado com tudo, na verdade, o que cai sobre as nossas cabeças, diante dos nossos olhos, o que jorra que não acaba mais, é um monte de humanidade. valeu, vik... "99 não é 100", mas esse "um" que você fez, uau, valeu por mil.

e mais: além do filme, dá pra conhecer um pouquinho
do trabalho do vik muniz na exposição.
morri de rir com os pés de palhaço atrás da cortina.
por causa da roupa e do sapato que eu tava usando,
digamos que eu me identifiquei hhahahahah
*  olha na foto lá em acima *


quem estiver em brasília, tem que ir.
vik 3D fica até dia 21, domingo. 
entrada franca.
no espaço ecco, ao lado da jorlan, perto do HRAN.

sessões do filme 9h30, 13h, 15h e 17h.

tião, retratado por vik muniz
como a morte de marat, de jacques  louis david.








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