11 de dezembro de 2011

why durban is different? [ traduzido]


read in english below


Fiona Harvey e John Vidal, The Guardian, fizeram um resumão hoje bem legal de Durban. Traduzi abaixo (sugestões? correções? por favor), pra quem não lê em inglês também acompanhar. No destaque verde, tá em português. Mantive o texto original sempre antes. Se quiser ler o original, tá aqui.


Why Durban is different to climate change agreements of the past? Pq Durban é diferente dos acordos do clima do passado?


World governments have committed themselves to reaching a legally binding deal. What are the chances of the process succeeding? Governantes mundiais se comprometeram a alcançar um legally binding deal (acordo juridicamente vinculativo). Quais são as chances disso dar certo? 
What happened in Durban? For the first time, world governments committed themselves to write a comprehensive global agreement to reduce greenhouse gas emissions, covering developed and developing countries, to come into force in 2020.O que aconteceu em Durban? Pela 1a vez, governantes mundiais se comprometeram a escrever um compreensivo acordo global para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, incluindo países desenvolvidos e em desenvolvimento, para vigorar a partir de 2020.
Haven't we had climate change agreements before? Yes, going back to 1992, but never like this. The 1997 Kyoto protocol is the world's only existing treaty stipulating cuts in greenhouse gas emissions, but the cuts only apply to developed countries and the US has never joined in. The current Kyoto targets expire next year, and only the EU among major developed countries has agreed to a continuation of them afterwards – Japan, Russia and Canada have all dropped out. Accords were also struck in 2009 and 2010 at Copenhagen and Cancun respectively, by which most countries and all of the biggest economies set out national targets on emissions curbs up to 2020. But these are voluntary, not legally binding. Já não tivemos acordos do clima antes? Sim, considerando 1992, mas nunca desse jeito. O Protocolo de Kyoto de 1997 é o único trato mundial existente que estipula cortes de gases de efeito estufa, mas os cortes se aplicam apenas aos países em desenvolvimento e os Estados Unidos nunca assinaram. As atuais metas de Kyoto expiram no próximo ano, e somente a União Européia entre os grandes países desenvolvidos concordou em extendê-lo - Japão, Rússia e Canadá se retiraram. Acordos também foram conseguidos em 2009 e 2010 em Copenhaguen e Cancun, respectivamente, nos quais a maioria dos países e todas as grandes economias estabeceleu suas metas de limites de emissão no máximo até 2020. Mas esses acordos são voluntários, não juridicamente vinculativo.
Why is a legally binding treaty important? An international treaty is far harder for future politicians to wriggle out of than commitments at a national level. They are not impossible to renege on – witness the failure of several Kyoto participants, such as Canada, to meet their targets – but they give an additional level of security which is important for investors looking to pour money into greening the economy. Pq é importante um acordo juridicamente vinculativo? Com um acordo internacional é muito difiícil que os futuros políticos tirem o corpo fora dos comprometimentos em nível nacional. Não é impossível que voltem atrás no compromisso assumido - basta olhar o fracasso de vários participantes de Kyoto, como o Canada, para cumprir suas metas  -, mas isso dá um nível adicional de segurança, que é importante para que os investidores ponham dinheiro no esverdeamento da economia.
Will this deal stop climate change? No. What was discussed at Durban were the principles on which future negotiations will be based. There was no discussion of how far and how fast countries should be cutting their carbon dioxide. Esse acordo vai parar a mudança climática? Não. O que foi discutido em Durban foram os princípios sob os quais se basearão as negociações futuras. Não foi discutido o quanto ou quão rápido os países devem cortarsuas emissões de dióxido de carbono. 
Isn't that worrying? Yes – emissions have risen by nearly 50% in the past 20 years, and they are still going up. With every year of increase, we have much less chance of keeping global temperature rises to less than 2C – beyond which scientists say climate change becomes catastrophic and irreversible. Isso não é preocupante? Sim: as emissões cresceram aproximadamente 50% nos últimos 20 anos, e elas continuam aumentando. Para cada ano desse aumento temos muito menos chances de manter a elevação da temperatura global a menos de 2 graus centígrados - medida além da qual os cientista dizem que a mudança climática se tornaria uma catástrofe e irreversível. 
So what happens next? Governments will begin negotiations on what the new climate agreement should look like. According to the "Durban platform", these must wrap up in 2015 with a legal document ready to be signed. Governments will then have five years to ratify it. E a partir de agora? Os governos começarão as negociações sobre como o novo acordo do clima deverá ser. De acordo com a 'Plataforma de Durban', devem elaborar um documento legal, para que esteja pronto para ser assinado até 2015. Os governos terão então 5 anos para ratificar isso.
What can go wrong? Everything. This is a delicate process, as powerful national and vested interests are involved, and it has taken 20 years to get this far. Countries deciding how far and how fast to cut emissions was one of the hardest part of the process leading up to the Copenhagen summit in 2009, and the pledges declared there were inadequate to the scale of the climate challenge, according to scientists. Although the US has signed up, for instance, there is no guarantee that if a Republican president were elected next year, he or she would not rip up this agreement and refuse to negotiate. O que pode dar errado? Tudo. Esse é um processo delicado, uma vez que nações poderosas e interesses velados estão em jogo, e foi necessário 20 anos para chegar até aqui. O fato dos países decidirem o quanto e o quão rápido cortar as emissões foi uma das partes mais difíceis do processo que aconteceu em Copenhague em 2009, e foi declarado que isso era inadequado para a escala desafiadora da mudança climática, de acordo com os cientistas. Embora os Estados Unidos tenham assinado, se um presidente republicano for eleito no próximo ano, ele ou ela, por exemplo, podem anular o acordo e se recusar a negociar.
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