PARIS (Reuters) - A grife francesa Christian Dior anunciou nesta terça-feira a demissão do estilista John Galliano depois que um vídeo circulou na Internet mostrando o estilista gritando frases antissemitas em um bar de Paris.
A atriz Natalie Portman, que venceu um Oscar no domingo e que promove um perfume da Dior, disse em Nova York estar "profundamente chocada e enojada" pelo vídeo e afirmou que não queria mais estar associada a Galliano.
Um dos estilistas mais famosos do mundo, Galliano foi suspenso pela Dior na sexta-feira, horas depois que um casal prestou uma queixa à polícia acusando o britânico de ter gritado frases racistas e antissemitas contra eles em um bar da capital francesa.
Uma queixa separada foi apresentada por outra mulher, no sábado, denunciando comportamentos semelhantes do estilista em outubro de 2010.
"Eu condeno veementemente o que foi dito por John Galliano, que contradiz todos os valores que sempre foram defendidos pela Christian Dior", disse o executivo-chefe da Christian Dior, Sidney Toledano, em comunicado.
Promotores de Paris devem decidir até o final desta semana se Galliano enfrentará julgamento pelo incidente que ocorreu na quinta-feira no bairro parisiense de Marais.
A demissão de Galliano ocorre no primeiro dia da Semana de Moda de Paris e três dias antes do desfile da Dior, programado para sexta-feira.
Não ficou claro se o desfile ainda será realizado, mas na segunda-feira a assessoria de imprensa da John Galliano, a marca própria do estilista, disse que seu desfile de domingo ainda estava de pé.
A Dior é uma grife renomada da LVMH, maior grupo de artigos de luxo do mundo.
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