1 de março de 2011

as preocupações ambientais dos governos, empresas e consumidores. artigo de antonio silvio hendges.


do EcoDebate, março 2, 2011 por HC

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Antonio Silvio Hendges, articulista do EcoDebate,
é Professor de Biologia e Agente Educacional no RS

[EcoDebate] A Conferência de Estocolmo, Suécia, em junho/1972 foi a primeira tentativa mundial de organizar as relações humanas com o meio ambiente. As questões ambientais passam a ter destaque nas agendas governamentais, possibilitando a adoção de leis e regulamentos que protejam os espaços e recursos naturais. O Encontro de Belgrado, Iugoslávia, em 1975 estabeleceu a educação ambiental como instrumento multidisciplinar capaz de contribuir para a formação contínua e integrada de consciências capazes de entender as relações entre produção, consumo e meio ambiente.
O Relatório Brundtland de 1987, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, estabeleceu o desenvolvimento sustentável como um conceito que “satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.
A Conferência do Rio de Janeiro sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992 (ECO 92) teve uma ampla participação, não somente dos governos, mas também da sociedade. O documento final deste encontro, a Agenda 21, adotou princípios que orientam as ações e atitudes não somente dos governos, mas de toda a sociedade, incluindo-se as empresas e os consumidores. O desenvolvimento sustentável passou a ser encarado como uma possibilidade de incentivo às atividades econômicas e a prevenção de acidentes, impactos e passivos ambientais, impondo-se como uma constante nas administrações públicas e empresariais. Os consumidores passaram a buscar além da qualidade e dos preços competitivos, produtos ambientalmente responsáveis, possibilitando que a adoção de princípios sustentáveis pelas empresas agregasse valor e vantagens competitivas em relação aos concorrentes não adequados.
A poluição e impactos ambientais passaram a ser considerados recursos mal administrados, desperdiçados, fora de seu lugar adequado nas cadeias produtivas, aumentando os custos da produção e originando passivos ambientais futuros capazes de influenciar nas decisões dos consumidores, acionistas, empréstimos públicos ou privados, indenizações e reparações. Os governos e empresas começaram a planejar antecipadamente as medidas necessárias para mitigar os efeitos poluentes ao invés de ignorarem os impactos de seus métodos e produtos. Este planejamento possibilitou a melhoria na qualidade dos produtos e a diminuição dos custos de produção. A adoção de uma legislação ambiental por muitos países exigindo estudos e relatórios de impactos ambientais e licenciamentos adequados às diversas etapas dos empreendimentos tornou-se fundamental para a afirmação dos objetivos do desenvolvimento sustentável.
A adoção de sistemas de gestão ambiental e auditorias ambientais, inicialmente nos países nórdicos e Europa Central possibilitaram às empresas conhecerem e prevenirem os passivos ambientais, modificando as atitudes de seus dirigentes, acionistas funcionários e consumidores, que adotaram uma relação mais comprometida e integrada das questões ambientais e econômicas. Os eleitores/consumidores passaram a votar em representantes “verdes” ou identificados com idéias econômicas e sociais alternativas. Neste contexto, surgem instituições normativas como a British standards Institution – BSI, que adotou normas de qualidade como a BS 5750 (ISO 9001) e relacionadas ao meio ambiente como a BS 7750 (ISO 14001) que promovem a integração dos critérios de desempenho das empresas com as suas responsabilidades ambientais e sociais.




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