13:37, 15 FEVEREIRO 2011
CCOUTO
CCOUTO
Aquelas latas de leite condensado, leite em pó, molho de tomate, de óleo ou de tinta que normalmente separamos junto com outros materiais recicláveis (considerando um edifício ou bairro que faz a separação do lixo) vão contar, a partir de junho deste ano, com um sistema próprio de logística reversa. E essa mudança pode mudar – para bem melhor – ovalor do embalagens de aço no país.
De olho na Política Nacional de Resíduos Sólidos, a ser definida pelo governo federal até junho deste ano, o sindicato das indústrias de estamparias de metais (Siniem) e a associação da cadeia produtiva do aço (Abeaço) anunciaram a construção de um centro de 10 mil metros quadrados voltado à reciclagem das embalagens de metais. Fabricantes de latas e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) serão os parceiros iniciais do projeto, localizado na região metropolitana de São Paulo.
A iniciativa será o pontapé inicial, no Brasil, para a organização de uma cadeia exclusiva de reciclagem de embalagens de metais – especialmente o aço. Cerca de 1,5% de todo o aço produzido no país é destinado a este fim. No entanto, ao menos 31% do aço é utilizado na construção civil, ou seja, não precisa ser reciclado.
Hoje, o retorno das embalagens metálicas às siderúrgicas ocorre de forma desordenada. Pode ser coletado por catadores e cooperativas, separado nos prédios residenciais e comerciais. Mas os preços pagos pelo material sãomuito baixos em função dos intermediários entre quem coleta e quem compra a sucata de aço.
Nesse esquema, 47% das embalagens de aço do país já são recicladas. Mas o foco, agora, é elevar o valor do material e remunerar melhor quem se dedica a separá-lo. Com o centro de recebimento concluído em junho, varejistas, indústria envasadora, consumidor final, cooperativas e catadores poderão negociar o aço diretamente no local. Todos receberão o mesmo valor pelo quilo da sucata: em torno de 25 centavos. Hoje, cooperativas de catadores não obtêm mais de 8 centavos pelo quilo do metal.
Os consumidores contarão com sacolas específicas para a coleta de metais, com capacidade para cerca de 60 latas. No início do projeto, elas devem ser distribuídas gratuitamente no varejo. Com todas estas medidas, a expectativa é elevar a reciclagem das embalagens de aço para 70% do total em cinco anos. No caso das latas de alumínio, o Brasil é recordista mundial em reciclagem, com um índice de 98% de reaproveitamento.
Além do centro em construção, outros três devem ser concluídos nos arredores da capital paulista ainda até o final deste ano. O primeiro terá capacidade para receber embalagens de 2,5 milhões de consumidores. Com os quatro centros em operação, toda a sucata de aço separada na capital paulistana poderá ser reciclada. Mais de 60% das embalagens de aço produzidas no país destinam-se ao estado de São Paulo.
O maior reaproveitamento do aço também trará redução de custos para as empresas. “Os metais, aço ou alumínio, são os únicos dos materiais de embalagens 100% reaproveitáveis, e sem qualquer perda de suas propriedades”, diz o presidente do Siniem, Antonio Carlos Teixeira Alves. Uma tonelada de aço reciclado equivale a 1,5 tonelada de minério de ferro não-explorada. A medida poderia ainda elevar a participação do aço em embalagens de produtos para os quais já é usado ou em nichos em que perdeu espaço como, por exemplo, de latas de óleo.
O centro de recebimento pretende servir de referência para outros que venham a ser instalados, de forma independente, em outras regiões do país. Alguns já em operação, por exemplo, não contam com licenças ambientais.
De olho na Política Nacional de Resíduos Sólidos, a ser definida pelo governo federal até junho deste ano, o sindicato das indústrias de estamparias de metais (Siniem) e a associação da cadeia produtiva do aço (Abeaço) anunciaram a construção de um centro de 10 mil metros quadrados voltado à reciclagem das embalagens de metais. Fabricantes de latas e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) serão os parceiros iniciais do projeto, localizado na região metropolitana de São Paulo.
A iniciativa será o pontapé inicial, no Brasil, para a organização de uma cadeia exclusiva de reciclagem de embalagens de metais – especialmente o aço. Cerca de 1,5% de todo o aço produzido no país é destinado a este fim. No entanto, ao menos 31% do aço é utilizado na construção civil, ou seja, não precisa ser reciclado.
Hoje, o retorno das embalagens metálicas às siderúrgicas ocorre de forma desordenada. Pode ser coletado por catadores e cooperativas, separado nos prédios residenciais e comerciais. Mas os preços pagos pelo material sãomuito baixos em função dos intermediários entre quem coleta e quem compra a sucata de aço.
Nesse esquema, 47% das embalagens de aço do país já são recicladas. Mas o foco, agora, é elevar o valor do material e remunerar melhor quem se dedica a separá-lo. Com o centro de recebimento concluído em junho, varejistas, indústria envasadora, consumidor final, cooperativas e catadores poderão negociar o aço diretamente no local. Todos receberão o mesmo valor pelo quilo da sucata: em torno de 25 centavos. Hoje, cooperativas de catadores não obtêm mais de 8 centavos pelo quilo do metal.
Os consumidores contarão com sacolas específicas para a coleta de metais, com capacidade para cerca de 60 latas. No início do projeto, elas devem ser distribuídas gratuitamente no varejo. Com todas estas medidas, a expectativa é elevar a reciclagem das embalagens de aço para 70% do total em cinco anos. No caso das latas de alumínio, o Brasil é recordista mundial em reciclagem, com um índice de 98% de reaproveitamento.
Além do centro em construção, outros três devem ser concluídos nos arredores da capital paulista ainda até o final deste ano. O primeiro terá capacidade para receber embalagens de 2,5 milhões de consumidores. Com os quatro centros em operação, toda a sucata de aço separada na capital paulistana poderá ser reciclada. Mais de 60% das embalagens de aço produzidas no país destinam-se ao estado de São Paulo.
O maior reaproveitamento do aço também trará redução de custos para as empresas. “Os metais, aço ou alumínio, são os únicos dos materiais de embalagens 100% reaproveitáveis, e sem qualquer perda de suas propriedades”, diz o presidente do Siniem, Antonio Carlos Teixeira Alves. Uma tonelada de aço reciclado equivale a 1,5 tonelada de minério de ferro não-explorada. A medida poderia ainda elevar a participação do aço em embalagens de produtos para os quais já é usado ou em nichos em que perdeu espaço como, por exemplo, de latas de óleo.
O centro de recebimento pretende servir de referência para outros que venham a ser instalados, de forma independente, em outras regiões do país. Alguns já em operação, por exemplo, não contam com licenças ambientais.
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obrigada pela participação no debate.