12 de março de 2012

rio+20: apenas um a cada oito brasileiros tem conhecimento do evento.

Dentre os que sabem, aumentou muito o conhecimento 

sobre a conferência e seus temas


Você sabe o que é a Conferência Rio+20? Ou quando esse evento vai acontecer e o que será debatido? Uma pesquisa realizada pelo Instituto Vitae Civilis realizou em parceria com a Market Analysis, instituto de pesquisas especializado em questões ligadas à sustentabilidade, revelou que apenas 13% dos brasileiros está familiarizado com o evento da ONU, ou seja, um a cada oito brasileiros.
Comparado com a medição anterior (feita em agosto de 2011), o número de brasileiros conhecedores do evento subiu pouco menos de 2,5%. Em meados do ano passado, apenas 11% dos entrevistados estava muito ou parcialmente familiarizado com a Rio+20; uma diferença muito pequena e que cai dentro da margem de erro das pesquisas (de ± 3,5%).

A pesquisa foi realizada entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012 através de entrevistas pessoais na residência de 804 adultos de 18 a 69 anos de nove capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Goiânia. Foram entrevistadas amostras representativas de todas as classes sociais do país.

Uma mudança significativa ocorreu na geografia da familiaridade sobre o evento. Se em agosto passado os cariocas mal se distinguiam de paulistas, sulistas e outras regiões em termos de exposição à Conferência, nestes meses o trabalho de divulgação começou a surtir efeitos: hoje a proporção de cariocas para os quais chegaram notícias sobre o evento quase duplica a média nacional (24,2% vs. 13,2%).

A pesquisa voltou a mostrar que são os grupos de maior poder aquisitivo e escolaridade os mais informados. Da mesma forma, aqueles mais integrados ao mercado de trabalho e que trabalham em grandes organizações exibem um grau de exposição bem maior que os outros grupos. Os homens continuam um pouco mais expostos que as mulheres e a difusão acabou sendo mais efetiva entre os mais velhos (acima de 55 anos) que mostram níveis de familiaridade bem maiores do que o restante dos brasileiros.

Dentre desse pequeno grupo de brasileiros que ouviu falar ou leu sobre o evento (13,2% da população urbana), o interesse pela Rio+20 é elevado para 82% --um aumento de 9 pontos percentuais se comparado com agosto de 2011. Assim, quando a informação sobre a Conferência consegue driblar as dificuldades de assimilação por parte do público, ela desperta muito mais entusiasmo do que alguns meses atrás.

Outro dado positivo é que dentro deste grupo caiu o desconhecimento sobre os temas que serão discutidos. Em agosto, 24% dos que se consideravam informados não sabiam identificar os principais assuntos em pauta na Rio+20. Em janeiro, esse percentual caiu para apenas 5,2%.

Essa queda favoreceu uma melhor conexão do evento com as questões de desenvolvimento sustentável (a associação subiu de 20% em agosto para 26% em janeiro) e de erradicação da pobreza (de 3% para 8%); fez também aumentar a vinculação da Conferência com temas que tem pouco a ver com a agenda oficial, mas que se relacionam à realidade do Rio de Janeiro, tais como o combate à violência e a Copa do Mundo de 2014.

"Temos avançado pouco em colocar a Rio+20 no radar da população, com a única exceção dos cidadãos do Rio do Janeiro" comenta Fabian Echegaray, diretor da Market Analysis. "O evento está se tornando presente para os cariocas e pode sugerir um modelo de comunicação capaz de mobilizar os brasileiros dos outros grandes centros urbanos do país. Outra boa notícia é que quem passou a ter contato com o assunto não apenas registrou maior interesse pelo evento como também conseguiu se conectar mais fidedignamente com a agenda da Conferência".
Para Aron Belinky, Coordenador de Processos Internacionais do Instituto Vitae Civilis, "o aumento de conhecimento é positivo, mas os dados indicam que ainda estamos 'pregando para os convertidos', ou seja, atingindo apenas o público tradicionalmente interessado na agenda da sustentabilidade". Para ele, "o final do mês de Janeiro foi marcado por importantes eventos no processo preparatório da Rio+20, tanto na esfera oficial (1ª rodada de negociações na sede da ONU) quanto da sociedade civil (Fórum Social Mundial Temático, em Porto Alegre)". "Acredito que a partir de agora a discussão ganhará objetividade e velocidade, tornando o assunto mais acessível para a imprensa e o público geral", conclui o representante do Vitae Civilis, lembrando que agora já estão ativos vários sites com informações sobre a Rio+20.


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