3 de fevereiro de 2012

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"consumir para não morrer"

  • Postado em:Feb,01 2012
  • Graduado e pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Homero Santos trabalhou durante três décadas em grandes corporações. Deixou a vida corporativa em 1993 e passou a atuar como professor e pesquisador da Fundação Dom Cabral (FDC), onde dirigiu o Centro de Tecnologia Empresarial e o Top Management Summit. Consultor nas áreas de governança corporativa, gestão estratégica, responsabilidade social corporativa e desenvolvimento sustentável, Homero Santos atualmente se diz um cidadão “desprofissionalizado”. Nesta entrevista à jornalista Darlene Menconi, da TV Meio Ambiente, ele apresenta sua visão sobre o presente. Para ele, na atual sociedade do excesso, consumir representa a ilusão de vitória sobre a morte, nosso derradeiro e inevitável inimigo, e passa a ser o objetivo final de nossa existência. O que caracteriza nossa cultura, ele diz, é a crença de que crescer é o imperativo máximo da sociedade e de que devemos antecipar o futuro. O lucro, aliás, é uma antecipação do futuro. Homero Santos explica que como o presente é o único tempo que conhecemos e no qual temos a certeza de estar vivos, a humanidade tem a tendência de antecipar o devir. O resultado é uma sociedade de fartos apetites, inspiração curta e espiritualidade embotada. Quando falamos de sustentabilidade, ele diz, falamos de manter as condições de vida ao lado das condições de conforto. No entanto, não vemos horizonte a não ser em comprar e consumir mais, imaginando que aí reside a felicidade. Para Homero Santos, o que está em pauta são os níveis de produção e consumo que o mundo pratica, e que não podem prosseguir sem desequilíbrios grandes e efeitos lesivos para a própria civilização.

















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