15 de março de 2013

"Bom dia" do consumidor (!!!)


Passei no supermercado com pressa, a caminho do trabalho. Queria comprar um lanchinho para dividir com o pessoal do escritório. Quando chegou a minha vez, a moça do caixa sorriu e disse:

- Bom dia! Parabéns pelo seu dia! Hoje é dia do consumidor!

Isso foi pela manhã deste 15 de março. Eu ainda estava acordando. Antes que pudesse dizer qualquer coisa que fizesse sentido, a senhora que me antecedeu na fila emendou, enquanto guardava as suas compras:

- Já viu isso? Até dia do consumidor tem agora! Nem sabia que existia esse dia!

A moça do caixa, com um crachá "em treinamento", concordou:
- Agora tem dia pra tudo, né? Eu também não sabia que tinha esse dia, não. Hoje foi que eu fiquei sabendo. Cheguei e me disseram que era dia do consumidor. E que eu tinha que dar parabéns.

É o cinismo do consumo como parâmetro de atribuição de valor às pessoas...
Eu disse Obrigada. Bom dia pra vocês. E saí. Com uma sensação estranha por ter recebido parabéns pelo fato de ter dinheiro para trocar por coisas (nesse caso, dois pacotes de palitinhos de queijo). 




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10 de janeiro de 2013

my thesis (hardcover) * "capa dura" da tese *


"the dog days are over" I hope so!
cabô mesmo agora! antes tarde do que nunca!

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Nome da aluna: JOSI PAZ 
josi.ppaz@gmail.com
@josipaz

Título da tese: O CLIMA DO CONSUMO:
a sociedade de consumidores no debate sobre a mudança climática

Universidade de Brasília - UnB - Departamento de Sociologia - SOL
Defesa ocorrida em 26 de setembro de 2012
Orientador: Professor Edson Farias
Orientador "Doutorado sanduíche": Professor Mike Featherstone
(Nottingham Trent University - NTU, Inglaterra)

Palavras-chaves - consumo - mudança climática – meio ambiente – embalagem  – estilo de vida

Resumo: A tese problematiza o debate recente sobre mudança climática na sociedade de consumidores, partindo da  idéia de um aquecimento global do planeta que seria provocado pela ação humana e que reverbera nas “coisas do consumo”. No Brasil, a maior visibilidade da austeridade retórica do ambientalismo coincide com a afluência de milhões de novos consumidores e da economia nos últimos anos, incrementando demandas, ofertas e polêmicas. Sob o registro da sociologia histórico-compreensiva, o estudo foi realizado em Brasília e na sua IV região administrativa, Brazlândia. A pesquisa assumiu uma perspectiva qualitativa, combinando técnicas diversas - observação participante em supermercado e cooperativa de coleta seletiva; estudo discursivo de cartilhas ao consumidor, elaboradas por enunciadores diversos; percursos etnográficos na internet; entrevistas semi-roteirizadas com profissionais e especialistas, consumidores, catadores de material reciclável; análise documental – planos, projetos de lei, decretos, políticas; análise de embalagens. O termo “embalagem” foi assumido como um conceito fundamental na sociedade de consumidores, recuperando a noção de ambiência proposta por Jean Baudrillard. O trabalho articulou, principalmente, os escopos de dois autores – Norbert Elias e Arjun Appadurai -, no âmbito dos estudos da cultura material. Também percorreu duas linhas temáticas que reivindicam status de sociologias próprias – sociologia do consumo e sociologia ambiental, na confluência das quais o debate sobre mudança climática na sociedade de consumidores vem se desenhando. Percorreu-se, assim, questões teórico-metodológicas que advém do postulado de noções caras à própria Sociologia e que estão no cerne da formação do seu campo, como o par natureza e sociedade.

Abstract
Key words:
consumption - climate change – environment  –package  – life style
This thesis problemizes the climate change debate as an ecological imperative to the consumption society. It aims drawing the main lines about the consumption debate that emerges from it. In Brazil, the environmentalist austerity meets an emergent economy and an aflluent consumer society joined by million people in the last years. It has incresead demands, offers and polemics. The global warming hypothesis as a human cause provokes material and symbolic effects in the “consumption stuff”, but in which ways? This study combines different qualitative research tecniques (such as participative observation in the supermarket, discourse analysis of packages and consumer guides, etnography on the internet, semi-structures interviews, in Brasília and its IV administrative area, Brazlândia). It approaches many cultural expressions of consumption, symbolic and material, understanding in which ways this social pratice works in the urban way of life.

Abstracto
Palabras claves:
consumo, cambio climático, medioambiente, envase, estilo de vida
La tesis analiza el debate reciente sobre el cambio climático como un imperativo ecológico para la sociedad de consumidores. Su objetivo es situar la problemática del consumo en ese debate. En Brasil, la visibilidad de la austeridad retórica del ambientalismo, en torno a la hipótesis del calentamiento global, coincide con la afluencia de millones de nuevos consumidores y de la propia economía en los últimos años, aumentando demandas, ofertas y polémicas. La idea de un calentamiento global, causado por la actividad humana, resuena en las «cosas del consumo», pero ¿hasta qué punto? La investigación combina técnicas cualitativas diversas, en el registro de la sociología histórico-comprensiva (observación participante en el supermercado, estudio discursivo de folletos para consumidores y envases, etnografía en Internet, entrevistas semidirigidas, abordaje de consumidores en Brasilia y su IV región administrativa, Brazlândia), explorando diversas manifestaciones culturales del consumo, simbólicas y materiales, para entender en qué medida esa práctica social realiza el estilo de vida urbano.

Résumer
Moits clé: consommation, changement climatique, environnement, emballage, style de vie
La thèse problématise le débat récent sur le changement climatique en tant qu’impératif écologique pour la société de consommateurs. L’objectif est de situer la problematique de la consommation dans ce débat. Au Brésil, la visibilité de l’austérité rhétorique de l'environnementalisme, autour de l'hypothèse du réchauffement climatique, coïncide avec l'afflux de millions de nouveaux consommateurs et de l'économie elle-même dans cesdernières années, avec une augmentation des demandes, des offres et des controverses. L'idée d’un réchauffement climatique, causé par l'activité humaine, réverbère dansles “affaires de la consommation”, mais dans quelle mesure? Cette recherche combine dês différentes techniques qualitatives, dans la trace de la sociologique historique compréhensive (observation participante dans le supermarché, étude discursive sur des brochures destines aux consommateurs et des emballages, ethnographie sur Internet, entretiens semi-structurés, approche des consommateurs à Brasilia et dans sa IVè région administrative, Brazlândia), en explorant les différentes manifestations culturelles de la consommation, symboliques et matérielles, pour comprendre la mesure dans laquelle cette pratique sociale réalise le style de vie urbain.




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18 de novembro de 2012

da série: músicas sobre supermercado e coisas do consumo.



Domo Genesis.
(rapper de Los Angeles)
Super Market.

Hi, welcome to Fuckey Foods
Umm, this lane is open if, if you need
If you to check out
Uhh, you're buying a pack of donuts and a pack of Diet Pepsi
Sweet, okay makes sense


In this fucking line at Ralph's buying granola bars
Left my member's card and now this shit gon have an extra charge
This old bitch in front of me buying a color printer
TV dinners, tampons, soy milk, paint thinner


So here I am at the store for some chips
That I'mma pay for with dimes, nickels and quarters and shit
And I'm still high, so I'm tryna dip
But I'mma cut through the line to get outta this bitch


What the fuck, who the fuck's this gay nigga in fake Gucci
Jordan numbers, whatever
Wood chain with a Jesus
Hey you, what the fuck you think you doing

Nigga fuck you
I'm just eating Ruffles
Gotta lotta stuff, fool
So, why don't you fucking wipe that stupid look on your face

Don't make me shoot up this place with light sabers and guns
And shoot caps at knee caps to make it harder to run
And put your ankles in some boards and pissy water for fun

Nigga, I'm a samurai, cut your skinny ass in half
Look up at the aftermath
Blow some fucking hash and laugh

I'm a fucking ninja and a jedi and I am from Compton
Better pick a better option before these Nikes get to stomping
Chomping at your oxygen chords
You fat fake Kenan Thompson
Like a virgin, cherry faggot, we could get it popping

I bet you lock and drop it
Faggot bitch, you ain't from Compton
Dumbo ears, you Mary Poppin
With the piece that Kel was rocking
I will fucking beat your ass, box logos through the glass
I'll hit you hooky like you skipping class
Lee would get the math

Oh really
You're silly giving tip drills to Nelly
Get them Ruffles no Lays cause Kiara might kill me
Aw, fuck this I'm grabbing two kitchen knives
And stabbing this Ice Cube look-a-like
 to show you a nigga with attitude

Wait, I heard about you from that other nigga Earl
How you traveled to Milan and now it only likes girls
I'll roundhouse you into a fucking basket
Push you into an old lady bagging plastic
Hope you get the message, I will stomp you into potholes
And fill you up with shells but you're used to eating tacos

Oh, a Taco joke, Domo smoke, I heard
Your album sound like some shit a fake Wiz Khalifa papa wrote
I'm insulted, shit, damn, somebody grab the Charmin
Nevermind these messages, Monica her nigga arming

Swift-made switch blades made a big incision in him
Red dot his forehead cause Riley's into Hinduism
And hipsters who happen to be your listeners
Doobies roll your booty ho Alexis know the truthy, bro

Oh, a Lexus
I drive that all around
The western hemisphere like all of Kiara's ex's

And bet this, I'm a mothafucking monster
Fuck talking, I'll stab you with this fucking rocket launcher

When I cock the beam back, I'm aiming for Supreme hats
Go to hell, I mean that, burn you like green backs

You don't mean that, you faggot
I'll get your back and I'll snap it
And strangle you with that fucking leather jacket
Fall, bitch, give me everything, I'm taking all this
And fleeing the sceneon Rufus,
 my evil walrus, bitch
Fuck you, I'm out

I'm high as fuck and I didn't call for all this
I'mma get on my zombie shit, wait, here's my carcass

Sir, sir, sir in the green hat sir
You, you, you have to pay for that
You have to, the Arizonas, you have to pay for those
I fucking hate this job
Fuck, clean up on aisle six



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11 de novembro de 2012

paulinho da viola. consumir é viver (1971).



No supermercado onde me encontro
Medindo e pesando o teu carinho
Uma oferta meu desejo vejo
Ali, como artigo de toda a semana
Confortável que não deixa manchas
Teu amor vim receber
Contigo vou viver, eu vim te vê
Como diz um profeta meu amigo
Quem consome vive e mata a fome
Quem demais convive some só
Meu bem, no mostruário vejo exposto
Pra consumo teu amado rotulado rosto também
No mostruário vejo exposto
Pra consumo teu amado rotulado rosto também
Mais no dia a dia que te vejo
Cada hora mais me perco
Teu amor unhas e dentes para me ferir
Dois inimigos que se encontram
Que se matam mais se amam também
No caixão mortuário vejo exposto
Teu amor rotulado desgraçado rosto meu bem
Consumir é viver
Conviver é sumir
Conviver é sumir
Consumir é viver

AQUI TEM UM ARTIGO DA REVISTA NOVA ESCOLA QUE CITA ESSA MÚSICA COMO EXEMPLO. DÁ UMA OLHADA. 


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27 de outubro de 2012

The Conspicuous Consumption song.



Performed by the 1970s/80s comedy group Redd Meat & Sproutz. 
Video by the pioneering public access television organization Access Atlanta

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